terça-feira, 5 de março de 2013

Blog do Magno: Coluna da terça-feira

Dilma arrebata mais um


O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que se apresentava como aliado incondicional do pré-candidato do seu partido ao Planalto, Eduardo Campos, bateu fofo, ontem, diante da presidente Dilma ao defender a Medida Provisória que tira a autonomia do porto de Suape.

As declarações de Coutinho pegaram Eduardo de surpresa, chegando ao seu conhecimento justamente no dia em que ele (Eduardo) recebeu a solidariedade do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical.

Que se mostrou aberto e disponível para ajudar o governador a remover da MP os pontos que não atendem aos interesses de Suape. Coutinho certamente não tem conhecimento da perversidade desta MP.

Antes de se posicionar bem que poderia ter ligado para Eduardo e com ele afinado o discurso em relação ao assunto. O governador paraibano faz, portanto, o jogo do Palácio, de Dilma e do PT.

Para derrubar a MP, Eduardo, na condição de presidente nacional do PSB, contava em partir para a ofensiva com a unidade dos governadores do seu partido. Na semana passada, foi Cid Gomes, do Ceará, o primeiro a cair no conto de carochinha do Governo.

Agora, o governador paraibano. É fato que o setor portuário está bagunçado, desestruturado e precisa de um freio de arrumação, mas na MP Suape, a joia da coroa nacional em portos, não pode ser tratada da mesma forma da maioria dos terminais falidos.

Daí, a preocupação de Eduardo em preservar a autonomia de Suape, a sua soberania, um bem que traz progresso, gera empregos e é rentável.

PROJETO TERNURADilma aprendeu as malandragens do ex-presidente Lula e ontem cuidou de afagar o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. Em vários momentos, principalmente na sua fala, tratou o socialista de grande parceiro. Prometeu atender aos desejos do governador e disse que ele foi muito elegante ao passar a bola para ela anunciar novos recursos para conclusão do Centro de Convenções. “Vamos avançar em novas parcerias”, prometeu Dilma.


Apagão no Pajeú

A Celpe passou três horas para explicar as razões do apagão ocorrido, ontem, em cinco cidades do Pajeú. 
Alegou que o defeito se deu na subestação de São José do Egito, que chegou a ser desligada, mas até o final do dia não sabia a verdadeira razão da pane no sistema. 
No Pajeú, os apagões viraram rotina.

Pelo etanol - A bancada federal foi mobilizada, ontem, pelo secretário de Articulação Regional, Aluízio Lessa, para pressionar o Governo a tomar medidas de apoio ao setor sucroalcoleiro. Será encaminhado um documento à presidente Dilma propondo a redução do IPI sobre álcool e açúcar, além do reforço nas medidas provisórias 589 e 594, em favor do etanol do Nordeste.

Pisando em bilhões - Na sua fala, ontem, por ocasião da posse do presidente da Amupe, José Patriota (PSB), o presidente da Federação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, relatou um quadro dramático para os prefeitos. Segundo ele, só à Previdência os municípios devem R$ 23 bilhões à União. Esta, por sua vez, deixou de repassar aos municípios R$ 32 bilhões.

Esqueceram de mim -  A Prefeitura de Caruaru passou recibo, mais uma vez, na contenda de José Queiroz com o vice-governador João Lyra Neto, ambos do PDT. Deputada mais votada do município, a socialista Raquel Lyra, filha de João Lyra e ex-secretária estadual, foi esquecida em toda a programação de palestras nos eventos relacionados ao Dia Internacional da Mulher no município.

CURTAS

O GRANDE AUSENTE– De última hora, o governador Eduardo Campos pediu para o vice-governador João Lyra Neto representa-lo na posse do novo presidente da Amupe, José Patriota, ontem, no início da noite. Em sua fala, Lyra defendeu o fortalecimento dos municípios pela via de um novo pacto federativo.

BOLA CHEIA– O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, saiu fortalecido da convenção nacional do PMDB no último fim de semana, em Brasília. É nome consensual da cúpula para disputar o Governo do Estado em 2014. Um dos maiores entusiastas da sua candidatura é o vice-presidente Michel Temer.

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