domingo, 7 de abril de 2013

'AINDA NÃO SEI O PORQUÊ DISSO', AFIRMA FILHO DE IDOSO ESPANCADO POR 3 JOVENS


Do G1 São Carlos e Araraquara
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O filho do guardador de carros de 71 anos, que foi espancado por três jovens na madrugada deste sábado (6), em Rio Claro (SP), ainda tenta entender o que motivou tamanha brutalidade.  “Eu ainda não sei o porquê disso. Ele está terrível e a gente fica até impressionado de ver”, disse o eletricista José Donizete Santana de Oliveira. 

Dois jovens foram presos e o terceiro ainda é procurado. Todos são suspeitos de integrar um grupo neonazista e um dos presos teria dito para um guarda municipal que ‘negros têm que morrer mesmo’.

A vítima, que continua internada no Pronto-Socorro de Rio Claro, teve traumatismo craniano e o estado de saúde é considerado estável. “Ainda é um pouco grave e ainda aguarda o resultado da tomografia. A cabeça foi a mais afetada e ele está bem machucado”, explicou Oliveira. O idoso, que mora em Ipeúna, costuma ir a Rio Claro para complementar a renda guardando carros em eventos e festas no bairro Santa Cruz. “Ele é conhecido ali e nunca mexeu em nada. Esse foi o primeiro incidente”, afirmou o filho.


Racismo
Os dois presos, um rapaz de 20 e outro de 21, são do Paraná e estavam em Rio Claro a trabalho. Segundo a polícia, eles têm tatuagens de cunho racista e a polícia paranaense informou que eles são suspeitos de integrar um grupo neonazista. “Ele falou que não gostava de negro e que negro tinha que morrer mesmo”, disse o guarda municipal José Carlos Lopes de Barros.



Em depoimento, eles negaram que sejam do grupo e que apenas são amigos de pessoas ligadas ao movimento. Ambos vão responder por lesão corporal grave e lesão corporal leve, já que um homem de 57 anos também alegou ter sido agredido. O terceiro suspeito do crime ainda não foi localizado. Os dois presos ainda não têm advogado e devem ser transferidos para a penitenciária de Itirapina.


O caso
De acordo com a Guarda Civil Municipal, por volta das 2h30, guardas receberam a denúncia de que havia um senhor caído em uma calçada e que tinha sido vítima de agressão.

Moradores disseram que os autores foram dois jovens que fugiram. Eles foram encontrados perto do local e levados para a delegacia de plantão. Durante o caminho, eles disseram frases de intolerância como ‘paulistas são todos burros’,  ‘os pobres tinham que morrer’ e que ‘não gostavam de velhos’.

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