sexta-feira, 26 de abril de 2013

Blog do Magno Martins: Coluna da sexta-feira


Olinda, de mal a pior


Carlos Cavalcanti (Interino)

Em 1978, a Prefeitura de Olinda deu início a uma árdua luta para incluir a cidade no rol de lugares reconhecidos pela Unesco como Patrimônios Culturais da Humanidade, conquista que, graças ao esforço de nomes como então ministro Eduardo Portela e o embaixador olindense à época, Holanda Cavalcanti, foi alcançada em 1982.

Com o título, a cidade inscreveu-se na lista de monumentos mundiais e hoje figura ao lado de bens da humanidade como a Catedral de Notre-Dame (França), o Parque Nacional do Serengeti (África) e a Cidade do Vaticano.

Mas ao que parece, a presença da Marim dos Caetés numa lista tão importante está com os dias contados. A Unesco, órgão das Nações Unidas responsável pela concessão do título, enviou ao Ministério Público de Contas de Pernambuco um documento onde aponta o descaso do poder público na preservação dos prédios da área tombada.

A prefeitura da cidade, procurada pela Imprensa, se limitou a fazer o que faz com uma maestria única: se esquivou e disse que não iria comentar o caso. Vale ressaltar que a mensagem foi entregue por um recepcionista. O prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), para variar, não estava presente em seu gabinete.

Um município que ostenta títulos como Monumento Nacional - atribuído durante o governo militar de João Figueiredo – e Cidade Ecológica, reconhecida mundialmente pelo seu extraordinário Carnaval, não pode ser prejudicado pela imprudência administrativa de uma equipe falha e ausente.

Olinda, hoje, é vítima da incompetência do Poder Executivo local. Olinda, uma cidade com atributos exaustivamente exaltados pelos mais importantes poetas pernambucanos, hoje não tem prefeito. E num futuro próximo, não terá mais o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

O novo Recife Antigo - As críticas da sociedade ao abandono do poder público para com o bairro do Recife Antigo finalmente começaram a surtir efeito. O prefeito Geraldo Julio (PSB), por meio da Secretaria de Turismo, lançou a campanha “Recife Antigo de Coração”, uma tentativa requalificar um espaço que foi jogado às traças pela gestão de João da Costa (PT).

Poderia ter ficado sem essa

O presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchôa (PDT), desceu do pedestal e foi à tribuna para defender o posicionamento do Governo do Estado de cortar o ponto dos professores que aderirem à greve nacional da categoria. 

Pois bem, o pedetista, que teve a chance de ficar de fora, moderando o debate, acabou vaiado pela plateia e, de quebra, incitou a bancada petista a ficar contra o governador Eduardo Campos (PSB).

Farra com o dinheiro público - Por falar em Assembleia Legislativa, os deputados pernambucanos aprovaram, por unanimidade, o reajuste de 37,3% na verba indenizatória a qual têm direito. Com a decisão, os parlamentares passam a ter à disposição exatos R$ 15.450 mil para gastar com despesas de gabinete. Enquanto isso, a valorização garantida aos professores estaduais foi de apenas 7,97%. É a política acima da educação.

Morde e assopra
O programa nacional do PSB, partido presidido pelo governador Eduardo Campos, levou ao conhecimento do país o que os pernambucanos há meses conhecem. 
O cacique socialista enalteceu a democracia brasileira e os nomes que a ajudaram a se edificar, para, em seguida, apontar as falhas do governo Dilma Rousseff, do qual é integrante. Como de costume, Eduardo finaliza o discurso com o já clichê “Esta não é a hora de montar palanques”. Há quem diga que, para bom entendedor, meia palavra basta.

CURTAS

Chá de cadeira - A ex-ministra Marina Silva tentou se encontrar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir o projeto que acaba com a portabilidade do tempo de TV e do fundo partidários aos parlamentares que trocarem de sigla durante a legislatura. Renan não só não atendeu a ex-petista como evitou prolongar a conversa quando Marina, de supetão, o abordou durante sessão na Casa.

Diz-me com quem andas – O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), aproveitou seus compromissos políticos no Ceará para não apenas afagar o ego do governador Cid Gomes (PSB). O pessedista abriu mão da timidez e cortejou o até então socialista e deixou no ar o convite para que o gestor cearense troque de legenda para assim continuar a censurar o presidente do seu atual partido, o governador Eduardo Campos.

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