Do
Blog do Magno
Um
ato simbólico, no dia seguinte ao aniversário de 49 anos do regime militar,
buscou manter viva a voz do homem e da mulher do campo que lutou pelo direito à
terra sob a bandeira das Ligas Camponesas. Ontem, no Engenho Galileia, em Vitória de Santo Antão, Zona da Mata do
estado, foi lançada pelo Comitê Estadual da Memória, Verdade e Justiça de
Pernambuco (CMVJ-PE) a pedra fundamental do que será o Memorial das Ligas
Camponesas do Brasil Francisco Julião.
Foi
uma cerimônia simples, que fez parte de uma série de atividades da 1ª Jornada
da Verdade Memória e Justiça do Homem do Campo. Foi testemunhada por
aproximadamente 60 pessoas, a maioria filhos dos agricultores que sentiram o
peso tanto das forças de repressão governamentais, quanto dos capatazes de
latifundiários que se aproveitavam do momento político para cometer atrocidades
contra aqueles que contrariassem suas vontades.
“Vamos
construir esse memorial com doações de movimentos sociais e colaboração dos
governos estadual e federal. Queremos que ele esteja pronto ainda neste ano”,
comentou o filho de Francisco Julião, o antropólogo Anacleto Julião.
Durante
o evento, ele leu o Pacto com o povo. “É um manifesto pelo resgate da história
da luta pela reforma agrária”, disse. Ao fim, entregou enxadas aos
representantes de organizações sociais presentes como o Movimento dos Sem Terra
(MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape). “Esse é o símbolo da nossa luta”,
ressaltou.
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