O Grupo de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC), instaurou
inquérito para apurar se as atividades da Telexfree envolvem práticas de crimes
contra a economia popular, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A
empresa já vinha sendo investigada pelo MP/AC, por meio da Promotoria de Defesa
do Consumidor, sob suspeita de atuar em pirâmide financeira.
Agora, a Telexfree passou a ser
investigada também na esfera penal. Segundo o promotor da Gaeco, Danilo Lovisaro,
o material levantado pelo MP/AC deu base para a composição do inquérito
policial. A documentação foi encaminhada
para a delegacia de Combate ao Crime Organizado, na última sexta-feira (21).
"Uma parte desta
investigação que instrui o inquérito policial já vem daquela que compõe o
inquérito civil, que deu base às medidas judiciais tomadas pela Promotoria do
Consumidor. Certamente, a partir da semana que vem pessoas começam a ser
ouvidas na Delegacia de Combate ao Crime Organizado e diligências serão feitas
para investigar os fatos", explica o promotor. O inquérito está sob
responsabilidade do delegado Nilton Boscaro.
Divulgadores da Telexfree promoveram protestos na frente no
Ministério Público do Estado do Acre (Foto: Veriana Ribeiro / G1)
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Advogado critica divulgação da
investigação
O advogado da empresa, Horst Fouchs, questionou a publicidade que estaria sendo
dada ao caso pelos órgãos da Justiça. "Por qual razão a polícia faz
questão de tornar pública uma investigação para daqui a pouco querer dizer que
tem que decretar a prisão para não atrapalhar as investigações? O próprio
estado torna público para depois tentar evitar os efeitos da publicidade que
ele mesmo provocou", critica.
Ele diz que a empresa não vê
problemas na investigação, mas acredita que torná-la pública pode ser
prejudicial à imagem da empresa mesmo que ela seja inocentada. "Isso
macula a imagem, por mais que venha a se provar a inocência e afinal de contas
o princípio que rege o ordenamento jurídico brasileiro na área criminal é o
princípio da inocência", diz.
Fouchs levanta a possibilidade da
divulgação sobre a investigação à Telexfree estar sendo feita com o objetivo de
prejudicar a empresa. "A ideia de divulgar é para isso mesmo provocar dano
na imagem. O que o Estado está querendo fazer é de fato enterrar as atividades
de uma empresa que depois de um ano de investigações não se conseguiu provar,
porque não é, ílícita", afirma.
De acordo com o advogado não
existe regulamentação para a atividade de marketing multnível no Brasil,
portanto, a Telexfree não pode ser acusada de fazer algo ilegal. "O artigo 5º da Constituição diz o
seguinte 'nada é proibido se não em virtude de lei'. Se o próprio Congresso
Nacional tem um projeto de lei sobre marketing direto engavetado e não põe para
votar e regular o setor, não poderia jamais um juiz na ponta da caneta
ultrapassar a competência que nem o presidente da República tem, para decidir e
normatizar sozinho na ponta da caneta", explica.
O advogado compara ainda o caso
da Telexfree ao 'Caso dos Irmãos Naves', que na década de 1930 foram presos e
acusados erroneamente de assassinato. "Já se falava que o maior erro do
Judiciário no século passado foi o caso dos irmãos Naves, pois agora o caso dos
irmãos Naves vem em versão nacional", diz.
Por fim ele diz que a empresa irá
recorrer e se defender. Todos os recursos aplicados no ordenamento jurídico vão
ser utilizados. "Meu cliente [Telexfree] vai sempre colaborar com todas as
investigações como sempre. É importante dizer também que na área criminal já há
um processo em estado avançado. Em Vitória esse processo não poderá prosseguir
porque o estado do Espírito Santo já é prevento", conclui.
Do G1 AC
Um comentário:
o engraçado é que este blog parece esta fazendo uma campanha contra a empresa quando sabemos que ainda não foi nada comprovado contra a mesma cade aq imparcialidade de voces por isso não saen do lugar com esse blog.
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