ARMANDO TEM MAIS ADERÊNCIA - Candidato
a presidente, o governador Eduardo Campos (PSB) terá muito mais dificuldades de
encontrar um nome na aliança ou no seu partido para disputar o Palácio do Campo
das Princesas em relação a um cenário em que fique de fora.
Declarando-se na corrida
presidencial, de imediato perde logo o apoio do PT e provavelmente de outros
partidos aliados ao Planalto, como PDT e PTB. Com isso, PT e PTB, por exemplo,
podem se unir numa aliança contra o seu candidato.
Em todas as pesquisas o nome mais
competitivo que tem se apresentado é o do senador Armando Monteiro Neto (PTB),
que tem, hoje, o triplo das intenções de voto do segundo colocado, o deputado
petista João Paulo, que pode ser o seu vice, formando, assim, uma chapa competitiva.
Se o PT não se aliar a Armando e
lançar João Paulo, o senador pode ser também uma alternativa para Eduardo se
este conseguir trazer o PTB para o seu palanque nacional e abrir mão da cabeça
de chapa no Estado para um partido aliado.
O fato é que o governador não tem
na atualidade um candidato natural e forte para disputar sua reeleição,
principalmente no PSB.
Há quem diga que Eduardo teria
dificuldades para fechar um entendimento em torno do nome de Armando por
motivos aparentemente secundários, mas este, pelo menos até agora, tem mantido
uma postura leal e solidária com o governador.
Foi assim na eleição municipal,
quando apoiou Geraldo Júlio sofrendo pressão de Dilma, Lula e do PT para subir
no palanque do então candidato petista Humberto Costa.
A trajetória de Armando tem sido
bem sucedida, desde o momento em que comandou por dois mandatos a poderosa CNI.
Candidato a senador começou com traços nas pesquisas e foi o mais votado em
2010.
Pelo trabalho que faz no Senado,
no qual é apontado na lista do DIAP como um dos mais influentes, o trabalhista
tem todo o direito de querer realizar o sonho de todo político em projeção:
governar o seu Estado.
O QUE LULA PENSA – Segundo a revista Veja, se as manifestações de
rua se intensificar e adotarem a linha “Fora, PT”, a saída para os petistas
pode ser apoiar a candidatura de Eduardo Campos logo no primeiro turno. Em caso
de vitória dele, o partido ainda manteria um pedaço importante do poder. Mas o
ex-presidente tem como prioridade ajudar na recuperação política da presidente
Dilma para que ela seja candidata, evitando sua entrada no páreo.
NA MOSCA – No jantar que o governador ofereceu a empresários
nordestinos no Recife, semana passada, quem roubou a cena de fato foi o
economista Pérsio Arida, um dos pais do Cruzado e do Real, atualmente sócio do
BTG Pactual. Cirúrgico, ele apresentou os caminhos para o Brasil retomar o
desenvolvimento sem risco de inflação.
JOGOU A TOALHA – Em entrevista à revista IstoÉ, o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu que o
PT foi omisso. “Fomos omissos quando não procuramos dar respostas para questões
urbanas graves, aumentando o mal-estar da população”, disse. Para ele, pensar
no fracasso de Dilma seria pensar numa derrota de Lula.
ESCÂNDALO TUCANO – A mesma revista traz nova reportagem sobre
maracutaia na gestão do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin.
Revela que foi montado um cartel para drenar recursos do metrô e trens de São
Paulo com desvios em torno de R$ 425 milhões. O esquema passava também por
contratos superfaturados em 30%.
NÃO VALE A PENA – Em Cabrobó, o ex-prefeito Eudes Caldas (PTB),
na foto ao lado, rompeu com o prefeito
Auricélio Torres, a quem elegeu. No Cabo, o ex-prefeito Lula Cabral (PSC)
rompeu com o prefeito Vado da Farmácia, também cria dele. Em Serra Talhada, o
ex-prefeito Carlos Evandro (sem partido) e o prefeito Luciano Duque estão
praticamente rompidos. Pelo visto, eleger sucessor não tem sido bom negócio.
CURTAS
POLÊMICA SERTANEJA – O governador vai hoje a Petrolina inaugurar a
UPA de emergência regional, que será mantida em boa parte pelas prefeituras da
região, modelo que vem recebendo duras críticas por parte do prefeito anfitrião
Júlio Lóssio, pré-candidato a governador pelo PMDB.
PESQUISA – O Instituto Opinião, em parceria com este blog, divulga,
hoje, mais uma pesquisa de avaliação sobre os seis primeiros meses de gestões
municipais: a bola da vez é Afogados da Ingazeira, tocada pelo socialista José
Patriota, presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Quem é a deputada que pagou motel em Brasília
com verba de gabinete?
'As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo
o deixa. (Provérbios 19-4)
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