BREJO NA OPOSIÇÃO - O tucano Roberto Asfora confirmou, ontem, nas
urnas, o seu favoritismo, sendo eleito prefeito na eleição suplementar de Brejo
da Madre de Deus, a 190 km do Recife, no Agreste Setentrional. Ex-prefeito por
dois mandatos, Asfora impôs uma frente de 2.529 votos sobre o prefeito em
exercício Hilário Paulo (PSDC).
Ao longo da campanha, o prefeito
eleito teve que enfrentar uma guerra de nervos nunca vista com a propagação,
por parte do ex-deputado Pedro Corrêa e aliados do candidato derrotado, da
versão de que o TSE iria cancelar a eleição suplementar.
Superada a tensão, Asfora pôs em
campo uma estratégia acertada, colando a imagem de Hilário ao do ex-prefeito
José Edson (PTB), cassado por abuso do poder econômico. Foi, aliás, um grande
fardo para Hilário exibir Edson em seu palanque.
Asfora mostrou também o abandono
das políticas públicas do município, notadamente a área de saúde. O município,
segundo ele, não conta hoje com um só médico permanente para atender a
população pobre, que depende do SUS.
Tanto que, numa conversa, ontem,
com o repórter Carlos Cavalcanti, enviado deste blog ao município para cobrir
as eleições, antecipou que uma das suas primeiras medidas será a contratação
imediata de médicos.
Está no território de Brejo o
distrito de Fazenda Nova, onde se celebra o espetáculo da Paixão de Cristo no
maior teatro ao ar livre do mundo.
Com 29 mil eleitores, o município
passa a ser administrado por um prefeito de oposição, mas que não terá
dificuldades na relação com o governador porque este, pré-candidato ao Palácio
do Planalto, preferiu não se envolver diretamente na eleição.
O MAIOR DERROTADO – Na eleição do Brejo, a vaca foi, literalmente,
para o brejo do deputado estadual Diogo Moraes, outro grande derrotado. Por
pressão do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), Moraes
rompeu com Roberto Asfora, de quem recebeu apoio para chegar à Alepe em 2010.
No distrito de São Domingos, Asfora acabou sendo apoiado pelo maior desafeto de
Moraes em Santa Cruz, o deputado José Augusto.
NA PRESSÃO – Mais de 100 prefeitos pernambucanos engrossam, de
amanhã a quinta, em Brasília, mais uma marcha municipal em busca do pacto
federativo. A presidente Dilma se antecipou e já agendou um encontro com a
categoria, que marcha também sobre o Congresso.
SECA VERDE – Presentes em Brasília, a partir de hoje, uma penca de
prefeitos nordestinos invade o gabinete do ministro da Integração, Fernando
Bezerra Coelho, para tratar de seca. Choveu pouco no semiárido, que vive mais
uma chamada seca verde. Na pauta com FBC projetos que foram aprovados na
reunião dos governadores com Dilma em Fortaleza e que até agora não saíram do
papel.
PIADA NA CORTE– Está na coluna de Ilimar Franco, de O Globo:
“Circula no Planalto uma piada: já que se fala tanto em redução de Ministérios,
bem que a presidente Dilma podia fundir Educação, Ciência e Tecnologia, Casa
Civil e Relações Institucionais, já que Aloísio Mercadante acumula as funções”.
PREJUÍZO EM GARANHUNS – A oposição na Câmara de Garanhuns acusa o
prefeito Izaias Régis de provocar um prejuízo aos cofres do município da ordem
de R$ 1,3 milhão com a lei que reestrutura o Instituto de Previdência dos
Servidores. De acordo com o cálculo atuarial, o Instituto não terá capacidade
financeira para assumir o pagamento dos aposentados. E dizem que a lei é
inconstitucional.
CURTAS
SEM ALIANÇA– O diretório municipal do PT de Petrolina, reunido
sábado passado, sob o comando da deputada Isabel Cristina, se posicionou contra
alinhamento ao Governo Júlio Lóssio (PMDB) e fez uma defesa consensual contra a
venda do estádio municipal Paulo Coelho.
FIM DA REELEIÇÃO– Esclarece o deputado Jorge Corte Real (PTB) que
pleiteia o fim da reeleição para cargos do poder executivo desde o final de
2012, quando deu entrada na Câmara dos Deputados à Proposta de Emenda
Constitucional, de número 224-2012, que proíbe a reeleição e estabelece
mandatos coincidentes, com mandato de cinco anos.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Prefeitos vão dar mais uma viagem perdida a
Brasília?
'Como a neve no verão, e como a chuva na sega, assim não fica bem para
o tolo a honra'. (Provérbios 26-1)
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