Uma matéria publicada no jornal A
Gazeta, do Espírito Santo, sede da TelexFree, informa que a empresa está
tentando deixar de ser uma Sociedade Limitada (LTDA) para se tornar uma
Sociedade Anônima (S/A).
Os donos da empresa dizem que é para gerar uma “maior
transparência”. Os promotores afirmam que é uma manobra que pode gerar
prejuízos para os divulgadores.
De acordo com os Ministérios
Públicos que investigam o caso da TelexFree – que nesta quinta (18) completou
um mês com as atividades suspensas por determinação da Justiça – a mudança
permitiria transformar seus revendedores em sócios, “pulverizando” a culpa por
“possíveis” crimes cometidos. Também ficaria mais difícil receber o dinheiro
aplicado.
Os representantes da Ympactus
Comercial – razão social da Telexfree – fizeram duas solicitações à Junta
Comercial do Espírito Santo para transformar a empresa em S/A. O presidente da
Associação do Ministério Público do Consumidor (MPCON), Murilo Moraes e Miranda,
disse à Gazeta que este foi o mesmo procedimento usado em 2005 pela falida
Avestruz Master, de Goiás.
Lembram da Avestruz Master? Ao
lado da Fazendas Reunidas Boi Gordo, é considerada até agora o maior esquema de
pirâmide financeira que surgiu no país. A empresa foi condenada a pagar uma
indenização de R$ 100 milhões. Mas até hoje os consumidores não conseguiram
executar a empresa para receber o que aplicaram no negócio.
“Os MPs do Brasil farão tudo pra
impedir isso. É mais um sinal de ma-fé. A Avestruz Master tentou a mesma coisa
antes de falir. Queria tentar abrir capital na Bolsa de Valores. O rombo foi de
R$ 2 bilhões. Se conseguisse, poderia ser o dobro. Iam pegar o que já tinham de
dívida e transformar em novo crédito para vender ações”, afirmou Murilo Moraes
e Miranda.
Nova decisão
Foi divulgada nesta sexta (19)
uma nova decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contrária à TelexFree. O
vice-presidente do STJ, Gilson Dipp, rejeitou uma nova ação que pedia a
retomada das atividades da Ympactus Comercial Ltda. O pedido foi feito por
advogado. Ele entrou com uma reclamação contra a decisão da Justiça do Acre de
suspender as atividades.
Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário