PRÓXIMO DESTINO: LADEIRA ABAIXO - O ruído na comunicação entre a
presidente Dilma Rousseff (PT) e os “donos” do Congresso Nacional – senador
Renan Calheiros (PMDB-AL) e deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – anda
tirando o sono dos marqueteiros listados para trabalhar na campanha de
reeleição da petista. Competentes, em sua grande maioria, os publicitários e
cientistas políticos estão com os dias contados caso a assessoria da presidente
continue a insistir na criação de polêmicas entre o Executivo e o Legislativo.
A bola da vez – ou o problema da
vez - ganhou o nome de “PEC do Orçamento Impositivo”. Henrique Alves bradou em
alto e bom tom que não quer conversa e que, no que depender dos seus esforços,
irá aprovar a proposta que obriga o Governo Federal a pagar todas as emendas
parlamentares previstas no ano. A obstinação do peemedebista é bem
fundamentada: hoje, apenas os congressistas mais subservientes têm suas emendas
liberadas.
O Palácio do Planalto, de olho na
rebeldia dos aliados, move mundos e fundos para ganhar tempo e, assim, negociar
a não aprovação da proposta. Claro, uma vez aprovado, o orçamento impositivo
cercearia o “é dando que se recebe” que serve de combustível para a manutenção
da corrupção, uma vez que apenas interesses pessoais mantêm-se preservados.
O desfecho desse episódio – que
de tanto que foi adiado poderia ser facilmente promovido à categoria de novela
– já tem data marcada: terça-feira (13). Após ser pressionado por uma banda e
obrigado a ouvir as lamentações de outra, Henrique Alves declarou que sonha com
a construção de um consenso para assim obter uma votação unânime.
Pois é, foi-se o tempo que a
presidente Dilma Rousseff precisava se preocupar com os golpes da oposição.
Hoje, o ataque, vem do seu próprio quintal, dos “aliados” que ela própria
escolheu para chamar de seus.
ENTRE A CRUZ E A ESPADA - A Amupe (Associação Municipalista de
Pernambuco) correu para os braços da CNM (Confederação Nacional dos Municípios)
quando precisou de apoio para promover a ida dos prefeitos pernambucanos a
Brasília. Contudo, não respondeu ao afago e corroborou o apoio da CNM à
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo. A Amupe
decidiu ficar em cima do muro e, com isso, transferiu a responsabilidade para
os prefeitos.
A HISTÓRIA SE REPETE - A previsão é de águas turbulentas para o
grupo aliado do ex-prefeito do Recife, João da Costa. Ainda que haja esforço
mútuo na busca de um consenso, nem só de boa vontade vive o homem. A informação
que circula nos corredores da executiva estadual do Partido dos Trabalhadores é
que Gilson Guimarães, até então aliado do ex-gestor, não vai abrir mão da sua
candidatura, postura que não agrada por completo a tendência de João da Costa.
O ELO MAIS FRACO - A Prefeitura de Caruaru refutou as denúncias dos
trabalhadores do matadouro municipal sobre o embarque de pessoal nos caminhões
utilizados para o transporte dos animais abatidos. Em nota, a Secretaria
Municipal de Serviços Urbanos informou que se os funcionários pegaram carona no
veículo, foi por “livre e espontânea vontade”. E quem iria rejeitar uma ida ao
trabalho em pé, ao lado de carcaças penduradas, ou sentando no chão coberto de
sangue?
AGORA VAI... OU NÃO - O deputado Silvio Costa Filho (PTB) comemorou
a decisão do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe),
deputado Guilherme Uchoa (PDT), de desengavetar a proposta que prevê o fim do
voto secreto na Casa. O projeto, que tramita desde 2011 nos corredores da
Alepe, entrará em pauta – se tudo der certo – na próxima terça-feira (13).
CURTAS
OU VAI, OU RACHA - O PSB de São Paulo oficializou o apoio à
candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República. O anúncio
partiu do secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira, que fez questão de
lembrar que além dos paulistas, gaúchos e brasilienses estão na torcida pelo
voo solo do gestor pernambucano.
RETROCESSO - O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai investigar
denúncias de trabalho infantil nos municípios de Serra Talhada e Belém do São
Francisco. O inquérito tomou como base o relatório da Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego, que aponta falta de políticas efetivas para combater a
presença de crianças e adolescentes principalmente em ruas e feiras livres.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Inocêncio Oliveira (PR), Sérgio Guerra
(PSDB), Fernando Ferro (PT) e Silvio Costa (PTB) na lista dos mais influentes
do Congresso Nacional. Você concorda?



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