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| Marcos Aurélio voltou a fazer a diferença. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem |
Ao contrário do jogo contra o São
Caetano, ao menos no início da partida o Sport se propôs a uma marcação mais
próxima dos jogadores do Ceará. Por isso, o Leão teve sua grande chance, e em
dose dupla, logo no primeiro minuto. Patric cruzou da direita e Rithely
cabeceou para o chão. Fernando Henrique fez grande defesa e, no rebote, Tobi
entrou de carrinho e completou em cima do goleiro, caído.
O Ceará, que de bobo não tinha
nada, respondeu quase que imediatamente. No minuto seguinte, em contra-ataque,
Rogerinho percebeu o posicionamento errado de Magrão e mandou por cobertura.
Ele errou o alvo e ninguém do Vovô apareceu para tentar a conclusão. Em ritmo
alucinante, o Sport voltou à carga novamente aos três. Marcos Aurélio bateu
escanteio e Felipe Azevedo desviou no primeiro pau. Gabriel completou no
segundo, mas mandou para fora.
Depois dos dez minutos, o fogo
das duas equipes abrandou. O Ceará adotou a tática esperada do contra-ataque,
mas fazendo um bom bloco defensivo com as linhas próximas e impedindo as
infiltrações dos rubro-negros. E esse foi o grande erro do time pernambucano:
forçar demais as jogadas pelo meio quando o setor estava bem ocupado. Forçando
os passes na vertical, os erros afloraram.
Uma das opções seria jogar pelas
laterais, mas quando tentaram, os dois jogadores sempre buscavam o meio ao
invés da linha de fundo. O Ceará esperava para arrumar uma brecha e achou aos
18 minutos, quando Léo Gamalho girou na frente de Gabriel e chutou rasteiro. A
bola bateu na trave direita. Dez minutos depois foi a vez de Eusébio dar um
susto na torcida rubro-negra. Com apenas um toque na bola, o lateral deixou
Patric para trás e chutou forte. A bola desviou providencialmente em Gabriel
antes de passar raspando a trave esquerda. O árbitro não viu o toque e não
marcou o escanteio.
O Sport respondeu na mesma moeda
e novamente em dose dupla. Desta vez Rithely encontrou espaço no meio da defesa
e recebeu de Lucas Lima em ótima condição. Só errou na hora de chutar ao mandar
em cima de Fernando Henrique. No rebote, Felipe Azevedo chutou em cima de Diego
Ivo. Esse mesmo Diego Ivo viria desviar outra bola, mas desta vez para o bem de
seu ex-time. Aos 31 minutos, Marcos Aurélio bateu falta de longe. O zagueiro
meteu a perna na bola, que terminou indo no ângulo direito.
Como de praxe, o Sport recuou
após o gol. Mas o Ceará não mostrou qualidade para ameaçar o empate. Quando
teve oportunidade de puxar o contra-ataque, o time vermelho e preto abusou dos
erros de passe, tanto na transição meio-ataque, quanto no passe final. O jeito
foi apelar para a eficiente bola parada de Marcos Aurélio, mesmo com o erro do
árbitro. Aos 45, ele sofreu falta de Diego Ivo dentro da área e Charles Herbert
marcou fora. Não teve problema, o camisa 10 mandou no ângulo direito. Fernando
Henrique nem se mexeu.
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| Expulsão de Rithely prejudicou ainda mais o Sport. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem |
Sem ter outra alternativa a não
ser ir para o ataque com mais contundência, o técnico Sérgio Guedes tirou o
volante Everton para acionar o atacante Lulinha na volta para o segundo tempo.
E nem precisou de muito tempo para se observar o panorama da partida. O Sport
manteve o recuo dos 15 minutos finais da etapa inicial enquanto o Ceará passou
a ocupar mais espaço no campo defensivo pernambucano.
E o gol não demorou. Aos seis
minutos, Rychely foi acionado na linha de fundo e cruzou para trás. Lulinha
chegava sem marcação para chutar forte e diminuir o placar. Nem mesmo a redução
da vantagem fez o Sport mudar sua forma de atuar. O time continuou muito atrás
e, o que é pior, o espaço entre as linhas aumentou.
A consequência era muito espaço
para o adversário, apesar de mais gente no campo de defesa. Além disso, o
contra-ataque dificilmente era encaixado, pois o espaço exagerado entre os
atletas aumentava a probabilidade de erro nos passes. Quando acertou uma boa
triangulação, a conclusão falhou. Aos 23, Patric cruzou e Felipe Azevedo errou
a bola. Ela bateu nele e saiu.
As coisas pioraram para o Sport
aos 27 minutos, quando Rithely fez falta dura em Eusébio e tomou amarelo. Como
era o segundo, o volante terminou expulso. Para compensar a lacuna num setor
que já era em si uma lacuna, o técnico Marcelo Martelotte tirou Felipe Azevedo
para colocar Renan Teixeira. A última participação de Azevedo foi um chute por
cobertura, na trave.
Aos 33, o Sport chegou perto do
gol do desafogo novamente com o apoio de Patric. Ele passou por três e serviu
Camilo. O camisa 29 marcou o gol, mas estava poucos centímetros à frente do
último marcador e o gol foi anulado. Lucas Lima teve o seu aos pés já na reta
final, aos 41. Ele arrancou pelo meio, ganhou na força e na técnica. Mas na
hora de concluir mandou fraco e nas mãos de Fernando Henrique. Aos 45,
Rogerinho soltou uma bomba na saída de bola errada do Sport e Magrão defende.
Ficha do Jogo:
Sport: Magrão; Patric, Toby, Gabriel e Marcelo Cordeiro (Peri);
Pedra, Rithely, Patrik Silva (Camilo) e Lucas Lima; Marcos Aurélio e Felipe
Azevedo (Renan Teixeira). Técnico: Marcelo Martelotte
Ceará: Fernando Henrique; Marcos, Anderson Marques, Diego Ivo e
Eusébio (Adriano Pardal); Xaves, Everton (Lulinha), João Marcos e Rogerinho;
Léo Gamalho (Romário) e Rychely. Técnico: Sérgio Guedes.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Charles Hebert Cavalcante Ferreira
(AL). Assistentes: Broney Machado (PB) e José Maria de Lucena Netto (PB). Gols:
Marcos Aurélio, aos 31 e 45 do primeiro tempo. Lulinha, aos seis do segundo.
Cartões amarelos: Patric, Xaves, Diego Ivo e João Marcos. Expulsão: Rithely.
Blog do Torcedor
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