Do
Blog do Jamildo
O
Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), se reunirá na tarde dessa
quinta-feira (3), em São Paulo, para fazer uma avaliação da segunda semana da
greve da categoria.
De
acordo com o presidente da Confrat-CUT, Carlos Cordeiro, essa é a maior
paralisação já realizada pelos bancários nos últimos 20 anos. A greve começou
no dia 19 de setembro, quando foram fechados mais de 9 mil agências e centros
administrativos em todo o País.
Ontem
quarta-feira, 02, o 14º dia de paralisação, foram mais de 11.156 mil agências e
centros administrativos de bancos públicos e privados em greve nos 26 Estados e
Distrito Federal, segundo o Contrat-CUT. Desde o início da paralisação, ainda
de acordo com a confederação, houve um crescimento de mais de 80% na adesão de
trabalhadores ao movimento.
"Os
bancários estão indo paras as ruas em manifestações e passeatas, em muitos
Estados, junto com outras categorias de trabalhadores, como ocorre esta semana
com os petroleiros, para demonstrar sua indignação com os bancos", declara
Cordeiro. Ele reclama que os bancos, no Brasil, "têm maiores lucros e a
mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional". "Pagam
salários milionários a seus executivos e desrespeitam os trabalhadores que
produzem esses resultados", afirma.
A
única proposta feita pelos bancos foi no dia 5 de setembro, há quase um mês.
Rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o País no dia 12, a
oferta de 6,1% apenas repõe a inflação do período pelo INPC e ignora as demais
reivindicações econômicas e sociais.
"Vamos
reforçar ainda mais o movimento para quebrar a intransigência da Fenaban
(Federação Nacional dos Bancos) e arrancar uma proposta decente com conquistas
econômicas e sociais para a categoria, bem como garantir avanços nas negociações
das pautas de reivindicações específicas com os bancos públicos", salienta
Carlos Cordeiro.
O
Comando Nacional representa um total de 143 sindicatos e 10 federações,
totalizando mais de 95% dos bancários de todo Brasil. Além das entidades
integrantes, participam como convidados os coordenadores das comissões de
empresas dos trabalhadores dos bancos públicos federais. Procurada, a Federação
Brasileira de Bancos (Febraban) não comentou a greve até as 18h55 de ontem.
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