Rio de Janeiro - A Fundação Casa de Rui Barbosa lança nesta
segunda-feira (7), em conjunto com o Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio
de Janeiro (IAB-RJ), o Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura, para a
construção de um prédio anexo para abrigar o acervo de escritores brasileiros
da instituição.
O projeto do Centro de
Preservação de Bens Culturais conta com recursos do Fundo Nacional de Cultura.
Para a execução da obra, porém, há a possibilidade de se buscar financiamento
no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou o
diretor executivo da Casa de Rui Barbosa, Carlos Renato Marinho. “A obra vai ao
encontro da política do banco de investimento na área de acervos”, lembrou.
Marinho disse que a ideia de
construir um anexo “tem a ver com o colapso da área de guarda do acervo, que
hoje ocupa o edifício-sede, no subsolo”. Desde 2003, a fundação vem negociando
a expansão, acrescentou. A chance surgiu com a compra de duas casas contíguas
ao edifício-sede, cujo projeto data de 1970, onde está localizada a entrada de
serviço da fundação, e a perspectiva de aquisição de uma terceira casa no
local, para a qual já se conseguiu a emissão da declaração de utilidade
pública. A fundação aguarda, no momento, sentença para tomar posse do imóvel.
Poderão participar do concurso
arquitetos de todo o país. As inscrições permanecerão abertas até o dia 25 de
novembro, prevendo-se para os três primeiros colocados prêmios em dinheiro no
valor de R$ 35 mil, R$ 25 mil e R$ 15 mil, respectivamente.
O ganhador do concurso receberá
os R$ 35 mil como um sinal do contrato, disse o coordenador do concurso,
arquiteto Romão da Silva Pereira. “O projeto vencedor, na verdade, ganha um
contrato de R$ 1 milhão. Ele vai ter que entregar, como produto para a Fundação
Casa de Rui Barbosa, todos os projetos prontos para serem licitados visando a
construção”.
Em função do atual espaço físico
da fundação, a direção do órgão foi levada a declinar doações de bibliotecas de
escritores como Carlos Drummond de Andrade, Octavio Tarquinio de Sousa e Lúcia
Miguel Pereira, entre outros.
Romão Pereira acredita que, com o
novo prédio, a Fundação Casa de Rui Barbosa poderá se tornar uma referência na
preservação de acervos no Rio de Janeiro.
Além de material em papel, o
acervo que irá para o novo prédio inclui ainda fotos, mapotecas, fitas cassete,
disquetes, CDs, além de objetos dos escritores brasileiros. “Isso está previsto
para ser guardado em outra área, que é um um salão de exposição, para mostrar
ao público o que a Casa de Rui Barbosa tem e que só pesquisadores conhecem. O
usuário não conhece o papel da fundação como fomentadora da cultura do país”,
ressaltou o coordenador do concurso.
Agência Brasil

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