O Ministério da Saúde também tornou obrigatória a realização
do teste NAT em todos os hemocentros do país.
O Ministério da Saúde anunciou recentemente o aumento da
idade máxima para doação de sangue no país, que subiu de 67 para 69 anos.
Dentre as modificações, o ministério tornou obrigatória, a partir de fevereiro
do próximo ano, a realização de um novo teste que permite com maior rapidez a
identificação dos vírus HIV (AIDS) e HCV (hepatite tipo C) no sangue de
doadores. Esse novo procedimento, o teste de ácido Nucléico (NAT), é
considerado mais "eficaz" que o atual exame realizado no Brasil, o Elisa.
Apesar de até então não haver
obrigatoriedade na realização do NAT, desde julho o procedimento já era
realizado em todas as doações realizadas pelo SUS, responsável por uma média de
75% das transfusões feitas no Brasil. Em parceria com a Coordenação Geral de
Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Biomanguinhos e Fiocruz, a
Fundação Hemope partipou do desenvolvimento de um estudo multicêntrico
desenvolvido no país que validou o kit nacional do teste NAT.
Segundo Elizabeth
Vilar, diretora de hemoterapia do Hemope, em 2011 o Hemope deu inicio as
pesquisas com o NAT e em 2012 o teste foi validado, obtendo, inclusive um
resultado satisfatório no programa AEQ deste ano. “A portaria vem, mas para nós
não faz diferença, pois já realizamos o teste NAT. Toda a Hemorrede de
Pernambuco conhece essa realidade desde 2012”, comenta.
Sobre o aumento da idade máxima para a doação, a diretora de
hemoterapia declarou que veio em boa hora, pois é preciso ampliar a capacidade
de doação da população de uma maneira geral, lembrando, ainda, que os estoques
de sangue são baixos. “Quando ampliamos a faixa etária, damos a oportunidade a
pessoas para continuarem a doar por mais tempo. Na verdade não são novos
doadores que vão surgir, mas são pessoas que já doam que não tem nenhuma
condição que implique a sua doação e que podem continuar doando até os 69
anos”, afirmou.
Divulgação

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