FIGUEIRA NA DIANTEIRA - O
secretário de Saúde, Antônio Figueira, pode continuar no cargo, segundo decisão
tomada, ontem, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede no Recife,
até o julgamento do mérito do processo que entidades médicas movem contra ele
pelo fechamento do Centro Molecular.
Neste episódio, o que existe de
fato é uma briga de categoria. Grande parte da classe médica não engoliu o
modelo adotado pelo governador Eduardo Campos (PSB) na gestação da saúde no
Estado.
Ligado à família de Figueira, o
IMIP administra vultosos contratos que ultrapassam a casa de R$ 600 milhões. A
instituição é responsável por todo o gerenciamento da rede pública estadual de
saúde, incluindo os três novos hospitais construídos na gestão socialista e
todas as UPAS – as Unidades de Pronto-Atendimento.
Eduardo não inventou a roda. O
modelo vem de outras unidades da Federação, que são referenciais, como Minas,
São Paulo e Paraná. Aqui deu certo? Os médicos se dividem e a população também.
Daí a razão da reação da
categoria em cima do secretário, que está praticamente encerrando a missão
delegada pelo governador. Divisões à parte, Eduardo gostou tanto do modelo e do
gerenciamento de Figueira que o secretário passou a ser um dos nomes que aparecem
nas bolsas de apostas para disputar a sucessão estadual.
Para não se complicar,
entretanto, Figueira tem que conseguir um final feliz nesta novela. É bem
provável que o julgamento do mérito só ocorra após o recesso do Judiciário e,
provavelmente, antes disso o secretário já terá deixado o cargo se de fato for
uma das alternativas para o Palácio das Princesas.
DEGOLA GERAL– A renúncia forçada do deputado-mensaleiro José
Genoíno (PT-SP) abre um precedente para os demais parlamentares envolvidos no
maior escândalo dos últimos anos no País. Ficam forçados a tomarem o mesmo rumo
o ex-presidente da Câmara, João Paulo (SP), e o presidente do PR, Valdemar
Costa Neto (SP). Depois do fim do voto secreto nenhum deles escapa.
ESPERTEZA NA RENÚNCIA– O ex-deputado José Genoíno somente jogou a
toalha quando o placar na mesa diretora da Câmara já não era mais possível de
ser revertido, estando 4 x 2. Foi ai que o seu portador, o deputado André
Vargas, meteu a mão no bolso e entregou a carta de renuncia ao presidente da
Casa, Henrique Eduardo Alves.
MODELO ARRAESISTA– A presidente Dilma continua em plena campanha
eleitoral. Na próxima segunda-feira, o Planalto vai tremer com o ato festivo
para comemorar o alcance da meta de 15 milhões do programa Luz para Todos,
ideia inspirada, vale a ressalva, em programa semelhante implantado no segundo
Governo Arraes. Copiar o que faz sucesso não é pecado.
ESPERA E HUMILHAÇÃO- A reunião dos prefeitos em Gravatá,
segunda-feira passada, ficou esvaziada assim que a ministra Ideli Salvatti
partiu sem deixar saudade, isso por volta de meio dia. Muita gente saiu em
seguida, mas prefeitos contemplados com máquinas agrícolas e carros pipas
penaram. Esperaram até tarde da noite pela liberação dos kits, alguns deles
tendo ficado para o dia seguinte.
SE ARREPENDIMENTO MATASSE
O conselheiro Ranilson Ramos tem sido
detonado pela base governista na Assembleia depois que vazou a sua estratégia
de eleger o filho deputado estadual. Dizem que se arrependem de ter votado pela
indicação do seu nome ao TCE, porque não sabiam que estavam criando uma cobra
para serem picados por ela em tão curto espaço de tempo.
CURTAS
DRIBLANDO - A deputada Raquel Lyra (PSB) marcou para hoje a sua
confraternização de fim de ano em Caruaru. Filha do vice-governador João Lyra
Neto, rompido com José Queiroz, a parlamentar, segundo corre nos bastidores,
teria antecipado a festa para evitar a presença do prefeito.
ADUTORA ESCAPA– O presidente da Compesa, Roberto Tavares, disse,
ontem, na confraternização com jornalistas, que se a transposição do São
Francisco virar um elefante branco, o Governo terá alternativas para alimentar
o sistema da Adutora do Agreste, que depende basicamente da transposição.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Além do hotel, onde Jose Dirceu espalhou mais
laranjas em Brasilia?
'A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira'.
(Provérbios 15-1)
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