VENCER O ATRASO PELA EDUCAÇÃO - O ex-ministro da Fazenda, o
paraibano Maílson da Nóbrega, ficou encantado com um estudo do professor
pernambucano Alexandre Rands, irmão do ex-deputado Maurício Rands, apontando
como saída para o desenvolvimento do Nordeste um investimento maciço na Educação.
Em seu artigo semanal na revista
Veja, Nóbrega faz referências a um dos capítulos do livro organizado por Fábio
Giambiagi e Cláudio Porto com as ideias de Rands. A proposta passa por uma nova
política de desenvolvimento regional que buscaria reduzir as desigualdades
regionais em educação, tanto a qualidade quanto a quantidade disponível.
“Inversões em infraestrutura
permitiriam o florescimento de novos empreendimentos, que teriam perfil
adequado para absorver mão de obra mais qualificada”, escreve o ex-ministro,
para acrescentar:
“Evitar-se-iam, assim, sua
migração para outras regiões e a redução do efeito das novas políticas.
Professores teriam bonificação por desempenho de seus alunos e os melhores
estudantes receberiam bolsas de estudo. A Sudene se converteria em órgão de
apoio gerencial, geração de empregos e outras funções associadas à nova
estratégia”.
O ex-ministro considera as ideias
de Rands uma grande novidade e merecem, segundo ele, a atenção do Governo, das
lideranças políticas empresariais e dos que se preocupam com o desenvolvimento
do Nordeste.
“Uma coisa é certa: o Brasil só
será tão mais justo e próspero quanto menores forem as desigualdades
regionais”, enfatiza Maílson da Nóbrega, para quem a Educação é o único
determinante do atraso relativo da Região.
PESQUISAS COMO BASE– Professor da Universidade Federal de
Pernambuco, Alexandre Rands diz que fez pesquisas para chegar aos resultados
que encantaram o ex-ministro Maílson da Nóbrega. “Se o Nordeste tivesse o
padrão educacional do Sudeste e Sul, as desigualdades regionais desapareceriam.
O baixo investimento em Educação está associado ao atraso da região”, diz.
JOGO DURO – Depois da reunião do seu diretório estadual, sábado
passado, o PT pernambucano resolveu endurecer o jogo da oposição. A primeira
medida prática é aceitar, sem titubear, a liderança na Assembleia Legislativa,
hoje ocupada pelo tucano Daniel Coelho, que perdeu o discurso de oposição.
FORÇA-TAREFA – Não fosse o cargo de conselheiro do Tribunal de
Contas que exerce hoje, o ex-secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, seria
incorporado à força-tarefa que o governador criou, há pouco, para pacificar o
PSB em torno da candidatura de Tadeu Alencar, conforme o próprio Ranilson
revelou no jantar dos 50 anos da mulher do ex-ministro Fernando Bezerra.
OLHANDO LONGE - O deputado Inocêncio Oliveira está, literalmente,
com a visão mais aguçada para entrar no jogo da sucessão estadual depois que se
submeteu a uma cirurgia de catarata com o competente Marcelo Ventura,
diretor-presidente da Fundação Altino Ventura. O velho cacique dá uma pausa na
agenda política apenas hoje, mas amanhã já bate o ponto em seu escritório, no
Recife.
QUEIJO OCULTO – Candidato a deputado federal apoiado pelo senador
Humberto Costa, o ex-presidente do PT, Dílson Peixoto, é um queijo do reino
oculto: vermelho por fora e amarelo por dentro, ou seja, petista, mas
governista. A nova presidente da EPTI, empresa estadual que cuida do transporte
coletivo, Luciana Nóbrega, é indicação dele. Luciana, na verdade, foi o braço
direito de Dílson em todos os cargos que ocupou.
CURTAS
NO DEBATE – Candidato a governador pelo bloco da oposição, o
senador Armando Monteiro Neto (PTB) é o entrevistado, hoje, do comunicador Aldo
Vilela, no debate das 10 horas, na JC News. Vai falar sobre sucessão, com
ênfase para o provável apoio do PT à sua candidatura.
PALANQUES – Não é só o governador Eduardo Campos que está tendo dor
de cabeça com os palanques regionais. Candidato do PSDB ao Planalto, Aécio
Neves interferiu em São Paulo para atrapalhar uma provável aliança do PSB com o
governador tucano Geraldo Alckmin.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Quando Eduardo anuncia Tadeu Alencar como o
candidato da base governista?
'Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que
é posto diante de ti'. (Provérbios 23-1)
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