As chuvas de verão aumentam o
risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue, doença infecciosa que
pode levar à morte. Para chamar a atenção sobre o problema, especialistas da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgam a iniciativa 10 Minutos Contra a
Dengue, criada em 2011, para que as pessoas combatam o foco do Aedes aegypt
dentro de casa.
A pesquisadora Rafaela Vieira
Bruno informa que em 80% dos casos o Aedes aegypt vive e se reproduz dentro e
no entorno das residências, e, se cada um evitar água parada em suas casas,
será possível impedir o nascimento da grande maioria dos mosquitos nas cidades.
“Qualquer local que possa
armazenar um pouquinho de água é suscetível para a fêmea colocar os ovos. E não
apenas água limpa; ela consegue colocar em áreas com um pouquinho de matéria
orgânica também”, comenta ela, ao mencionar que mesmo piscinas e fontes com
chafariz podem servir de criadouro. “O ideal é fazer a limpeza periodicamente
ou cobrir os locais. Cloro e água sanitária contribuem para eliminar o ovo [do
mosquito]”, informa.
Rafaela explica que os ovos
deixados pelo mosquito aguentam até um ano sem água e que basta um único
contato com a água, em até dez dias, para eles se transformem em mosquitos
aptos a transmitir a doença. A bióloga alerta, no entanto, que não é suficiente
vistoriar o próprio quintal, se o vizinho não fizer a sua parte.
“O mosquito tem uma capacidade de
voar até 800 metros. Se você não cuida, mas o seu vizinho cuida, ele pode ser
picado por um mosquito que nasceu até 800 metros de distância da casa dele”,
disse a pesquisadora. “Por isso, é tão importante que haja um esforço da
comunidade em geral, de todo mundo”, completa.
As vistorias devem ser feitas em
caixas d’água, para verificar que estão vedadas, calhas de chuva, ralos
externos, vasilhas de animais, bandejas de ar-condicionado e de geladeiras,
além de vasos sanitários desativados ou pouco utilizados e todos os outros
locais que possam acumular água.
Agência Brasil
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