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O secretário da Fazenda, Paulo Câmara, deverá ser anunciado como candidato ao governo até amanhã. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press |
O suspense em torno da indicação
da chapa majoritária do PSB para concorrer ao governo do estado deverá terminar
a qualquer momento.
O governador Eduardo Campos vai anunciar o secretário da
Fazenda, Paulo Câmara, o deputado federal Raul Henry (PMDB) e o ex-ministro
Fernando Bezerra Coelho como candidatos a governador, vice e senador,
respectivamente.
Após uma longa noite de negociação, os socialistas finalizaram
as conversas sobre a sucessão estadual. Aliados de Eduardo não descartam que o
anúncio seja feito ainda nesta sexta-feira (21).
O último nome a ser fechado na
composição da chapa majoritária foi o de Fernando Bezerra Coelho. O ex-ministro
pretendia concorrer ao governo do estado e relutava em aceitar disputar o
Senado, porque, ao concordar com o convite, estaria automaticamente fechando a
porta para concorrer a governador. Bezerra Coelho foi chamado na noite de ontem
(19) para uma reunião com socialistas. Deixou o encontro dizendo que daria a
resposta hoje (20), depois de analisar qual o papel que desempenhará na
campanha.
Caso Bezerra Coelho realmente
aceite o convite, acalma o grupo socialista descontente com a condução da
escolha dos candidatos. Entre eles, o vice-governador João Lyra Neto e o
próprio ex-ministro. Os dois ficaram muito ligados ao longo do processo e
reclamavam bastante por não estarem sendo ouvidos sobre a sucessão. O
vice-governador, que comandará o estado a partir de abril e poderia ser o
candidato natural à reeleição, está magoado. A presença de Bezerra Coelho na
chapa majoritária contemplaria os dois aliados, é o que o acredita Eduardo
Campos.
Ontem (19), Eduardo Campos
afirmou que o candidato seria conhecido até o carnaval. Ele não pretendia
anunciar o nome no início deste primeiro semestre, preferia deixar a divulgação
da chapa majoritária para depois da Semana Santa, em abril, para "não
envelhecer o candidato". Mas, diante da pressão dos aliados e da divisão
interna do PSB, o governador antecipou a decisão.
Paulo Câmara deverá permanecer no
governo até o início de abril, prazo máximo para se desincompatibilizar do
cargo. Até lá, vai percorrer o estado ao lado de Eduardo, que também deixa o
governo em abril, para inaugurar obras e ações do governo, uma maneira de
tentar torná-lo conhecido no estado.
Diário de Pernambuco
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