A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) aprovou hoje (28) reajuste de 17,51% para os consumidores
residenciais atendidos pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). Para as
indústrias, o reajuste será 17,86%. O aumento vale a partir de amanhã (29) para
as 3,3 milhões de unidades consumidoras de 185 municípios pernambucanos.
Segundo o relator da matéria,
diretor André Pepitone, o pleito da empresa era que o aumento fosse de 18,13%.
O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) fez a sustentação oral durante a
reunião da diretoria, na condição de representante dos consumidores.
Ele disse que o serviço tem
piorado nos últimos anos. “A empresa não investe os lucros na melhoria da
qualidade dos serviços e na modernização”, disse. Ele também ressaltou os altos
índices de acidentes na rede elétrica da empresa.
O diretor-geral da Aneel, Romeu
Rufino, garantiu que a agência está atenta à qualidade dos serviços das
distribuidoras. Rufino explicou que o custo da compra da energia tem tido
impacto nos últimos reajustes tarifários, por causa do uso maior de
termelétricas. “Esperamos que nos próximos reajustes a situação se reverta”,
disse.
No ano passado, a revisão das
tarifas da Celpe resultou em aumento de 0,79% nas tarifas residenciais. O
reajuste anual das distribuidoras é calculado de acordo com a variação de
custos que a empresa teve no decorrer do período. A fórmula de cálculo inclui
custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice
Geral de Preços - Mercado (IGP-M), e o fator que subtrai os ganhos de
produtividade, e outros custos, como energia comprada de geradoras, encargos de
transmissão e encargos setoriais. Quando a distribuidora passa pelo processo de
revisão tarifária, não se aplica o reajuste anual previsto nos contratos.
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