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Durval ergue mais uma taça. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Em sua edição de número 100, o
Campeonato Pernambucano premiou seu maior vencedor. Com uma nova vitória sobre
o Náutico, desta vez por 1×0 na Arena Pernambuco, o Sport conquistou a
competição pela 40ª vez em sua história. O capitão Durval, ainda ainda não
marcara um gol sequer desde que retornou à Ilha, foi o autor do gol que
ratificou o título. E justamente em cima de sua maior vítima.
Antes do jogo começar o técnico
Lisca avisou que o Náutico não seria um time desesperado mas iria adiantar um
pouco sua marcação. Dito e feito. Sem querer correr mais que a bola, os
jogadores alvirrubros começavam a pressão um pouco além da linha central de
campo e, principalmente com os laterais adiantados para conter as descidas de
Patric e Renê.
O Sport, que veio sem Felipe
Azevedo, mas com Ananias. Segundo o treinador Eduardo Baptista, o baixinho tem
mais posse de bola que Felipe Azevedo e seria essa a característica que ele
queria mais forte na equipe. Mas, ao contrário de seu colega de profissão, o
que ele preconizou não aconteceu nos primeiros minutos. A posse de bola que
faltou sobrou em faltas. Antes dos 20 minutos, o time visitante já cometera uma
dezena delas. E bem distribuídas. Apenas Durval e Aílton não cometeram
infrações nesse intervalo de tempo.
Apesar do domínio territorial, o
Náutico não conseguia verticalizar o jogo. Tocava bem a bola até a intermediária,
mas faltava acertar o passe final. Zé Mário chegava. Marinho se movimentava
tanto pelo lado esquerdo quanto direito, mas Marcelinho, o centroavante, não
recebia uma bola redonda. Quando finalmente conseguiu articular uma jogada mais
rápida, o Sport levou perigo. Aos 21 ele recebeu de Renê e chutou forte.
Alessandro, mesmo bem colocado, deu rebote. Neto Baiano acompanhava e tentou
empurrar com o peito, mas foi fraco e dessa vez o goleiro timbu segurou.
O dono da Arena deu o troco com
juros aos 29. Jackson, passou por Durval e entrou livre na área. Mas cometeu o
pecado de fechar os olhos e soltar uma bomba. Não viu que Magrão se atirava
para o lado oposto. A bomba explodiu no travessão e foi embora. O timbu ficou
mais tempo no campo ofensivo mas sem concluir com a qualidade necessária. Zé
Mário tentava de longa distância e as enfiadas pelo meio não encontravam o alvo
correto. Por sua vez, o leão quando retomava a bola não conseguia acertar o
passe para sequer iniciar os contra-ataques, principalmente quando elas
chegavam aos pés de Patric e Aílton.
Mesmo com bom volume de jogo, o
Náutico voltou para o segundo tempo com mais um armador. Marcos Vinícius entrou
na vaga de Elicarlos. O jogo só não foi um clone do início da primeira etapa
porque o Sport foi menos passivo. O time rubro-negro marcou mais perto,
procurando antecipar os movimentos do adversário. A partida ficou menos feia,
pois a bola correu mais. Mas a mudança do Náutico também contribuiu, pois com
Marcos Vinícius o timbu usou menos os lados do campo.
Com apenas dez minutos, Eduardo
Baptista acionou Rithely e Danilo nos lugares de Ewerton Páscoa e Wendel. O
Sport ganhou em jogadas pelo lado esquerdo, mas preferiu os chutes de longa
distância às tabelas entre o lateral dublê de atacante e Renê. Essa pressa em
finalizar dos leoninos terminou ajudando o adversário. O Náutico conseguia
manter o jogo mais tempo no campo defensivo do Sport mas ainda sem conseguir
finalizar de maneira mais contundente.
Isso só veio acontecer aos 22
minutos. Zé Mário foi lançado dentro da área e ainda teve tempo de dominar.
Magrão saiu do gol e defendeu com o pé. A bola ainda insistiu em ficar na área
rubro-negra mas sem que ninguém chutasse. No bate-rebate, sobrou novamente para
Magrão, desta vez com bem menos dificuldade.
E quando o Náutico já mostrava a
mesma superioridade do primeiro tempo veio golpe fatal. E logo em dose dupla.
Aos 32 minutos, Ananias puxou o contra-ataque e foi derrubado por Leonardo Luís.
Como ele recebera amarelo logo no começo do jogo foi expulso. Na cobrança da
falta, Aílton mandou para a área e Durval, com um toque quase imperceptível de
cabeça, desviou de Alessandro para fazer 1×0.
Dois golpes duros que acabariam
com o ânimo de qualquer time. Menos do Náutico. Bravamente o timbu foi para
cima. O Sport só esperava o contra-ataque e parecia que assim levaria o jogo em
banho-maria até o fim. Mas essa folga durou apenas três minutos. Renê fez falta
dura em Jackson e também tinha amarelo. Foi advertido novamente, mas com a cor
vermelha.
Mesmo assim, o técnico
rubro-negro tirou um meia, Aílton, para acionar um atacante, Felipe Azevedo.
Com mais espaço em campo, a mudança de Baptista deu certo. Felipe Azevedo
valorizou a posse de bola o mais longe possível do campo do Náutico, que não
teve mais força de marcar, fazer a transição ofensiva e ainda concluir com
qualidade.
Ficha do jogo:
Náutico: Alessandro; Jackson,
Flávio, Leonardo e Rai (Leleu); Dê, Elicarlos (Marcos Vinícius), Yuri e Zé Mário;
Marinho e Marcelinho. Técnico: Lisca.
Sport: Magrão, Patric, Durval,
Ferron e Renê; Ewerton Páscoa (Rithely), Rodrigo Mancha, Aílton e Wendel
(Danilo); Neto Baiano e Ananias.
Local: Arena Pernambuco. Árbitro:
Leandro Vuaden. Assistentes: Charles Rosa e Clóvis Amaral. Gols: Durval, aos 32
do segundo tempo. Cartões amarelos: Jackson, Rodrigo Mancha, Renê, Aílton e
Neto Baiano. Expulsões: Leonardo Luís e Renê. Público: 30.061. Renda: R$
809.950.
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