A corrida presidencial deste ano
deverá custar quase R$ 1 bilhão. A campanha mais cara será a de reeleição da
presidente Dilma Rousseff (PT), que estabeleceu como limite de gasto em R$ 298
milhões. Por sua vez, a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) deve custar
R$ 290 milhões. Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de votos, atrás de
Dilma e Aécio, Eduardo Campos (PSB) fixou o custo em R$ 150 milhões.
Advogados que representam as
campanhas do PT, do PSDB e do PCO apresentaram neste sábado no Tribunal
Superior Eleitores (TSE) o registro dos candidatos e as estimativas de gastos.
O prazo para a entrega da documentação se encerra hoje às 19h. A tendência, no
entanto, é a disputa ser realizada pelos 10 candidatos que já apresentaram os
nomes ao tribunal.
Nas últimas eleições de 2010, o
PT estabeleceu inicialmente o gasto de R$ 157 milhões no primeiro turno, valor
que foi alterado para R$ 191 milhões com o ingresso de Dilma no segundo turno
da disputa. A campanha do então candidato José Serra (PSDB), na eleição
passada, fixou o valor em R$ 180 milhões. O limite de gasto não necessariamente
é atingido em todas as campanhas. Da mesma forma, esses valores podem ser
alterados como ocorreu em 2010, no caso da presidente Dilma. Somados os gastos
das campanhas do PT e do PSDB aos dos outros nove candidatos presidenciais, o
custo chega a R$ 916,7 milhões.
Coligações
Também foram apresentados neste
sábado os nomes das coligações do PT e do PSDB. O do PT adotará "Com a
Força do Povo" e o PSDB, "Muda Brasil". Em 2010, o PT adotou o
lema "Para o Brasil seguir mudando" e o PSDB "O Brasil pode
mais".
Em relação às propostas de
governo, o PSDB até o momento ainda não disponibilizou o material à imprensa.
Por sua vez, o PT deixou de fora temas polêmicos como a regulamentação da
mídia, tema defendido nos últimos congressos do PT, além da revisão da anistia.
O coordenador da elaboração do
programa, Alessandro Teixeira, informou que foram incluídos temas como
desenvolvimento regional direito das mulheres, da juventude e política
industrial. Presente na entrega dos documentos, o secretário-geral do PT,
Geraldo Magela, justificou a ausência de temas polêmicos no programa. "O
que trouxemos é o resultado do que foi dialogado com a coligação, com os
partidos e com a presidenta", afirmou. As diretrizes propõem ainda que o
Sistema Nacional de Participação Popular seja uma "das medidas que serão
tomadas de aprofundamento da democracia".
Confira os limites de gastos
estabelecidos pelos candidatos à presidência da República:
Dilma Rousseff (PT): R$ 298
milhões
Aécio Neves (PSDB): R$ 290
milhões
Eduardo Campos (PSB): R$ 150
milhões
Eduardo Jorge (PV): R$ 90 milhões
Pastor Everaldo (PSC): R$ 50
milhões
Eymael (PSDC): R$ 25 milhões
Levy Fidélix (PRTB): R$ 12
milhões
Luciana Genro (PSOL): R$ 900 mil
Zé Maria (PSTU): R$ 400 mil
Rui Costa Pimenta (PCO): R$ 300
mil
Mauro Iasi (PCB): R$ 100 mil
Agência Estado
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