Apesar de desaceleração dos aumentos, consumidor não nota
compras mais baratas
Apesar da queda de 0,15% nos preços dos alimentos em julho e
em agosto, o grupo ainda apresenta alta de 4,76% no ano e de 7,53%, em ambos os
casos, acima do índice geral de inflação, que acumula altas de 4,02% e 6,51%,
na mesma base de comparação. Isso dificulta que as famílias sintam, de fato, um
alívio no próprio bolso.
"Os alimentos vêm caindo, repetiram a performance em
agosto, e a maioria das regiões pesquisadas tiveram queda de preços. Um recuo
de 0,15% no índice é muita coisa, mas nem sempre isso é percebido pelas
pessoas, porque os preços já estão num patamar relativamente alto, então nem
notam que parou de subir", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de
Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que
divulgou nesta sexta-feira, 05, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que
subiu 0,25% em agosto.
Quando considerada só a alimentação em domicílio, os aumentos
se posicionam abaixo do índice geral, mas ainda no campo positivo. A alta é de
3,78% no ano e de 6,11% em 12 meses. "Tudo depende de onde os preços
pararam. A relação forte com o bolso da população em geral é em que nível de
preço está a cesta de consumo de cada um", acrescentou Eulina.
Estadão Conteúdo
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