Com um jogador a menos desde os
nove minutos do primeiro tempo o Náutico jogou de igual para igual com o Boa
Esporte mas não conseguiu reverter a vantagem conquistada pelo Boa também na
primeira etapa e caiu por 1×0 no estádio Dilzon Melo, em Varginha.
Faltou ao
timbu mais qualidade na finalização para, ao menos, trazer um ponto para casa.
A derrota manteve o time a sete pontos do G4, já que o Avaí perdeu para a Ponte
Preta. Já o Boa subiu para o sexto lugar, com 47 pontos.
O primeiro fato relevante foi a
disposição dos dois times em tocar pouco a bola e jogá-la direto ao ataque.
Muito lançamento de um lado para o outro além de deixar a partida feia fez com
que os jogadores partissem obrigatoriamente para o corpo a corpo. Depois de
tantas faltas, Vinícius foi advertido aos nove minutos por infração em
Wellington. Enquanto o árbitro mostrava o amarelo, o camisa 10 do Náutico
falava algo para ele, sempre sem tirar um sorriso do rosto.
Antônio Denival não gostou do que
ouviu e mostrou o vermelho. Na saída, o jogador alvirrubro disse que não falou
nada demais. “Foi coisa de jogo, se ele não entende isso como de jogo é melhor
largar a profissão”. Seria impossível a história não mudar dali por diante.
O Boa teve condição de botar a
bola no chão e não demorou muito para marcar. Clébson, bem marcado quando
estava 11×11, ganhou liberdade e rolou para Romão aos 17 minutos. Com extrema
facilidade ele protegeu em cima de Renato Chaves e chutou rasteiro, na saída de
Júlio César. Talvez iludido pela facilidade com que o gol saiu, o time da casa
relaxou. Tocou a bola com displicência e ainda dava espaços para o
contra-ataque timbu. A dificuldade pernambucana era menos gente na hora de ir
para a frente, além do recuo forçado com a saída de Vinícius.
Assim, o Náutico se esforçou o
quanto pôde. Mas não podia muita coisa. O Boa valorizou mais a posse de bola e,
se não finalizou com competência, manteve duas coisas: o adversário longe de
seu goleiro e a vantagem no placar.
O jogo voltou para o segundo
tempo sob fortes emoções. O Náutico decidiu não se entregar e o Boa a entregar.
Como os volantes do time mineiro jogavam muito adiantados e a linha defensiva
não acompanhava para encurtar o espaço, os jogadores alvirrubros deitavam e
rolavam entre os dois setores e só não
empataram o jogo antes dos dez minutos por erros de finalização. Leleu, no bico
da pequena área mandou para fora. Neílson cruzou e ninguém esticou a perna para
tentar concluir e Leleu, pela segunda vez, demorou o suficiente para aparecer o
pé de Ciro e bloquear seu chute.
Claro que o Boa não ficou apenas
assistindo. O time da casa também criou e, justiça seja feita, perdeu uma ótima
chance aos três minutos. Tinga tabelou com Romão e apenas com Júlio César à
frente, escorregou e mandou para fora. Nem parecia que os timbus tinham um a
menos, já que era o Boa a equipe a optar pelo contra-ataque.
A recompensa pela disposição do
Náutico só não veio aos 26 minutos por causa de Bruno Furlan. Ele foi lançado
por Cañete em condição legal e sem marcação. Quando o goleiro saiu aos seus
pés, o camisa 31 preferiu saltar e cavar o pênalti. Mas o fez como um ator de
filme B. Por isso, o árbitro mandou a jogada seguir e o Náutico perdia uma
ótima chance de empatar.
Nos minutos finais, Júlio César
fez dois milagres seguidos em chutes de Fernando Karanga e Tomas.
Ficha do jogo:
Boa Esporte: João Carlos; Tinga, Thiago Carvalho, Ciro Sena e
Marinho Donizete; Vinicius Hess, Wellington, Tomas e Clébson (Diego); Romão
(Franci) e Fernando Karanga. Técnico: Nedo Xavier.
Náutico: Júlio César; Neilson, Renato Chaves, William Alves e Raí;
João Ananias, Paulinho, Cañete (Marcos Vinícius) e Vinicius; Bruno Furlan e
Leleu (Helder Ribeiro). Técnico: Dado Cavalcanti.
Loca: Melão (Varginha-MG).
Árbitro: Antônio Denival de Morais (Paraná). Assistentes: Marcos Rogério da
Silva e Luiz H. Souza Santos Renesto (ambos do Paraná). Gols: Romão, aos 17.
Cartões amarelos: Marcos Vinícius e Paulinho. Expulsão: Vinícius.
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