DEPUTADOS DEIXAM O PR - Na última segunda-feira, numa nota nesta
coluna, cantei a pedra ao informar que o deputado federal Inocêncio Oliveira,
ao decidir pelo apoio ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio
Neves, iria perder o comando do Partido Republicano no Estado, que controla
desde que deixou o DEM.
Ontem, num comunicado seco e sem
explicações por um burocrata do PR em Brasília, Inocêncio soube da intervenção
federal, perdeu o diretório estadual e contou apenas com a solidariedade dos
seus aliados, com exceção do federal reeleito Anderson Ferreira, que assume o
partido.
“Foi um golpe”, reagiu o deputado
federal eleito Sebastião Oliveira, sucessor de Inocêncio na Câmara Federal.
Ontem mesmo, o deputado federal eleito Sebastião Oliveira convocou o grupo
ligado a Inocêncio para uma reunião. No encontro se discutiu uma estratégia
para o enfrentamento.
O mais inusitado neste episódio é
que Anderson Ferreira, o agora algoz de Inocêncio, acaba de ser reeleito pela
Frente Popular, que votou fechada com a candidatura de Marina Silva.
Beneficiário do chapão, Ferreira, para ficar com o controle do partido, deve,
certamente, ter assumido com a direção nacional o compromisso de votar em
Dilma.
A intervenção, decidida em
Brasília, foi tomada diretamente pelo presidente Alfredo Nascimento,
ex-ministro dos Transportes de Lula, e pelo senador Antônio Carlos (SP),
suplente da senadora Marta Suplicy, licenciada e ocupando o Ministério da
Cultura. Mas Inocêncio vai reagir.
Os deputados Sebastião Oliveira,
Alberto Feitosa, Henrique Queiroz e Rogério Leão, reunidos, ontem, anunciam,
hoje, em coletiva, que deixarão o partido em solidariedade a Inocêncio.
Anderson tende a ficar isolado, porque outras lideranças republicanas, como os
17 prefeitos, 214 vereadores e 52 vice-prefeitos não aceitam a rifada em
Inocêncio nem tampouco serem subordinados ao interventor.
DESESPERO? – O tom mais agressivo da candidatura Dilma, nos debates
e no horário eleitoral da TV, segundo o presidente do PSDB mineiro, deputado
Marcus Pestana, seria um indício de desespero dos petistas. Mesmo que o
Datafolha tenha detectado aumento na rejeição de Aécio, os tucanos dizem que
Dilma partiu para a apelação ao abordar questões da vida privada do candidato e
de seus familiares.
NA MIRA – O senador eleito Tasso Jereissati (CE) e o prefeito
Arthur Virgílio (Manaus) estiveram na mira do ex-presidente Lula em 2010.
Agora, seus amigos dizem que ele quer derrotar os herdeiros de Eduardo Campos
em Pernambuco, segundo relata de Brasília o bem informado colunista Ilimar Franco,
de O Globo.
MANIFESTO – Um grupo de economistas divulgou um manifesto em que
ressaltam o bom momento vivenciado pelo Brasil atualmente e declarando voto à
presidente Dilma. Entre os acadêmicos, estão Luiz Gonzaga Belluzzo, Luiz Carlos
Bresser-Pereira, Márcio Pochmann, Maria da Conceição Tavares e Ladislau Dowbor,
entre muitos outros, além dos ministros Guido Mantega, Aloizio Mercadante e
senador Eduardo Suplicy.
LEVIANDADE – O senador eleito Fernando Bezerra (PSB) classificou de
'levianas e mentirosas' as informações de que teria intermediado recursos para
a campanha de Eduardo em 2010. “A
apuração dos fatos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, com absoluta
certeza, mostrará que as declarações são caluniosas e que elas têm cunho
puramente político'.
ATO DITATORIAL – O deputado federal eleito Sebastião Oliveira (PR)
condenou, ontem, a intervenção federal no diretório estadual do seu partido,
afastando o deputado Inocêncio Oliveira do comando da legenda. “Isso é
inaceitável, típico do regime ditatorial, mas não vamos recuar no apoio a Aécio
Neves”, afirmou.
CURTAS
NO DEBATE – O governador eleito Paulo Câmara (PSB) acompanhou,
ontem, ao vivo, o debate entre Dilma e Aécio no SBT em companhia do irmão do
ex-governador Eduardo Campos, advogado Antônio Campos. Eles foram convidados
pelo candidato tucano.
CARA A CARA – Aécio tem encontro, hoje, em São Paulo, com Marina
Silva, para afinar o discurso de enfrentamento a Dilma. É a primeira conversa
formal após o anúncio oficial do apoio da ex-senadora à candidatura do tucano
ao Palácio do Planalto.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Dá para confiar em pesquisas depois do que
ocorreu no primeiro turno?
'Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que
o inclina a todo o seu querer'. (Provérbios 21-1)
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