Foto: Heudes Regis/JC Imagem |
Fim de ano é sinônimo de festas,
mas também de 13º salário para muitos trabalhadores com carteira assinada, que
contam com o dinheiro extra para pagar contas, adquirir bens ou simplesmente
poupar para outro momento.
No entanto, é importante analisar particularmente a
situação financeira antes de decidir o que fazer com a primeira e segunda
parcelas, que saem, respectivamente, até os dias 30 de novembro e 20 de
dezembro.
Com a entrada do dinheiro extra,
economistas aconselham que as pessoas deem preferência ao pagamento de suas
dívidas. Para aqueles que não acumulam despesas, a saída é investir em um bem
ou salvar em alguma poupança. Há 27 anos a bancária Ana Rúbia Brito, de 56
anos, trabalha com carteira assinada. Neste período, no entanto, ela nunca
guardou o 13º salário. "Geralmente eu utilizo para pagar minhas dívidas.
Nunca consegui juntar", declara.
Com o deste ano, ela ainda não
sabe o que fazer: ou pagará dívidas, ou comprará moeda estrangeira para uma
viagem que fará no próximo ano. Ao contrário de Ana Rúbia, o administrador
Paulo Ricardo Batista, de 25 anos, desde que teve sua carteira assinada, guarda
o dinheiro extra para investimentos futuros. "Costumo fazer minha planilha
de contas e não conto com o valor extra. Ele acaba sendo uma reserva, eu
invisto em alguma coisa. Uso uma parcela também para a previdência privada que
tenho", completa.
Segundo a professora de economia
da UFPE, Tatiane Menezes, é aconselhável que, se a pessoa tiver alguma dívida,
pague-a, principalmente de cartões de crédito e cheque especial, em que os
juros são maiores. Devem ter preferência no pagamento os débitos maiores. Já
para aqueles que têm suas dívidas quitadas, Tatiane indica que guarde o
dinheiro para o pagamento das taxas do começo do ano. "O início do ano é
marcado por muitas taxas, principalmente para as pessoas que têm filhos e pagam
a matrícula e o material escolar. Então é bom garantir o dinheiro para estes
pagamentos", afirma Tatiane.
Os mais econômicos também têm a
opção de guardar o dinheiro ou investi-lo. Mas a maneira de fazer isto depende
da pessoa. "Ela pode colocar na poupança, apesar de, no momento, não ser a
melhor coisa a se fazer, porque a inflação está alta", explica o
economista Heródoto Moreira. Melhores opções, segundo Heródoto, são investir na
agroindústria ou no setor imobiliário. "Isto depende do valor que a pessoa
tem para investir, porque no caso da poupança, pode-se colocar o valor que
quiser, mas nestes setores existe um valor mínimo", acrescenta.
Do NE10
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