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A Eletrobras lança no próximo dia
26 o Selo Procel Edificações, que vai medir o grau de eficiência energética das
edificações brasileiras. A ferramenta seguirá o mesmo conceito do Selo Procel
para Equipamentos e Eletrodomésticos, que completa, nesta data, 20 anos de
implantação. “Na esteira desse sucesso, estamos lançando o Selo Procel
Edificações, que tem a mesma lógica, que é premiar os melhores na sua
categoria”, disse à Agência Brasil o gerente do Departamento de Projetos de
Eficiência Energética da Eletrobras, Fernando Perrone.
Para a obtenção do selo, o
empreendedor ou construtor deve submeter a um organismo de inspeção o seu
projeto ou o edifício construído. Serão analisados três sistemas que abrangem a
envoltória, isto é, a parte de fachadas e telhados; a iluminação; e o condicionamento
de ar. O Selo Procel Edificações será concedido aos empreendimentos que
atingirem a classe A, considerada a mais alta em termos de eficiência
energética, em cada um dos três sistemas. A avaliação ocorre em duas etapas que
envolvem o projeto e a fase após a construção.
“O Selo Procel vai ser concedido
àqueles que obtiverem, no mínimo, o triplo A. Esta é a condição. É o critério
de excelência, onde você premia os melhores na sua categoria”. Além disso, os
premiados recebem uma bonificação, caso implementem no projeto ou construção
concluída inovações sustentáveis, do
tipo reúso de água, aquecimento solar térmico, painel fotovoltaico para geração
de eletricidade para consumo da unidade habitacional. “Tudo com viabilidade
econômica”.
Segundo o gerente da Eletrobras,
a média nacional atual de eficiência energética das edificações é muito baixa,
situando-se entre os níveis C e D. Esclareceu que se um novo projeto conseguir
uma classificação A , que é pré-requisito para o selo, a economia de energia durante
o ciclo de vida da edificação, que dura entre 50 e 60 anos, com benefício para
o consumidor, poderá ser da ordem de 50% na conta de luz do usuário.
Para edificações já construídas
que passem por um retrofit, isto é, por uma modernização das instalações, o
ganho em termos de economia de energia pode atingir 30% para o restante do
ciclo de vida do empreendimento.
Fernando Perrone disse que o
maior potencial de economia ocorre na fase de projeto. Isso pode ser obtido
privilegiando-se o uso de recursos naturais, pela orientação da edificação em
relação à insolação ou ventilação, que reduz a necessidade de ventilação ou
condicionamento artificial, bem como de iluminação artificial. “Privilegiando a
questão dos recursos naturais, você tem ganhos de economia de energia elétrica
no final do mês, para o consumidor. É algo que está intrínseco ao modo como a
edificação foi projetada”.
Perrone acrescentou que ao
passar, por exemplo, da classe D para a A em termos de eficiência energética,
dependendo do uso da edificação, isso produz uma economia de energia que pode
variar de 21% a 34% na conta de luz do usuário.
Durante a solenidade de
lançamento da nova ferramenta do Programa de Eficiência Energética (Procel),
administrado pela Eletrobras, o Selo Procel Edificações será concedido a nove
edificações, sendo sete relativas a projetos e duas para edificações já
concluídas da Eletrosul, que são o edifício sede, localizado em Florianópolis
(SC), que passou por retrofit; e a nova construção do setor de manutenção da empresa,
situado no município de Campos Novos, no mesmo estado.
O gerente de Projetos de
Eficiência Energética da Eletrobras informou que a estatal está em tratativas
bastante avançadas para ampliação do número de organismos de inspeção dos
atuais três para cinco, além de tornar o Selo Procel Edificações uma referência
no país para certificações desse tipo.
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