UM PROGRAMA MAQUIADO - O Governo estadual fecha o ano com alguns
indicadores ruins. Fala-se num rombo de R$ 3 bilhões nas contas públicas e que
o governador João Lyra Neto (PSB) não paga os fornecedores em dia. Isso sem
falar numa penca de obras paralisadas nos últimos seis meses por falta de
dinheiro em caixa.
Na área social, o maior drama
está no aumento da violência. Desde 2007, quando foi criado pelo ex-governador
Eduardo Campos, o Pacto pela Vida apresentou um crescimento em crimes violentos
da ordem de 8,73%, com base em levantamento feito de janeiro a novembro deste
ano.
O Pacto é uma obra maquiada.
Especialistas apontam que, sem o planejamento sistemático de ações para o
setor, os índices de violência não podem diminuir. Especialista no assunto, o
cientista Michel Zaidan diz que há um forte apelo midiático no programa desde a
sua concepção.
A ideia do Pacto pela Vida foi
concebida, segundo ele, a partir de alguns vieses perigosos, desconsiderando
algumas questões fundamentais republicanas. “O conceito de 'segurança pública'
parece desconhecer que segurança pública inclui educação, saúde, mobilidade,
habitação, lazer, saneamento básico, acessibilidade aos bens de consumo, entre
outros itens.
Zaidan vai mais além e diz
tratar-se de um programa policialesco, voltado para preservar as garantias
patrimoniais e jurídicas dos cidadãos consumidores, estes sim detentores do
título de cidadania. Paulo Câmara já sinalizou que começa 2015 requalificando o
Pacto pela Vida, que perdeu, sem dúvida, muita credibilidade e o respeito da
população.
EM NORONHA – Uma fonte que bebe água da cacimba do governador
eleito Paulo Câmara (PSB) admite que o atual administrador de Fernando de
Noronha, Reginaldo Valença Júnior, possa ser mantido em função da boa gestão
que vem fazendo. Valença é bom camarada, tem jogo de cintura e conhece
profundamente os problemas da ilha.
SEM TRÉGUA – O senador Douglas Cintra (PTB), que assume no lugar de
Armando Monteiro, escolhido ministro de Desenvolvimento, vai na mesma linha do
aliado, de que não se deve dar trégua a Paulo Câmara nos primeiros 100 dias de
gestão. “Ele vem de um governo de continuidade de oito anos, do qual teve parte
efetivamente”, observa.
OBRAS RETOMADAS – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o
secretário estadual de Transportes na futura gestão de Paulo Câmara, Sebastião
Oliveira, disse que tão logo assuma irá definir as obras de restauração de
estradas paralisadas na gestão de João Lyra. Garantiu que uma das primeiras
será a da PE-292, que liga Albuquerquené a Afogados da Ingazeira.
PATINHO FEIO – Na composição do secretariado de Paulo Câmara, o DEM
está sendo visto como o patinho feio. Além de não conseguir vaga na Assembleia
para o suplente Maviael Cavalcanti, promessa que teria sido feita no calor da
campanha, ocupará apenas o Lafepe, que, segundo comentam, está extremamente
desestruturado, quase falido.
FECHADO PARA BALANÇO – Tão logo assuma em janeiro, o secretário
estadual de Agricultura, Nilton Mota, terá que descascar um grande abacaxi:
produtores da bacia leiteira do Agreste Meridional mostrarão um quadro terrível
do setor. Só um laticínio fechado recentemente deu um prejuízo da ordem de R$ 5
milhões aos que produzem leite naquela região.
CURTAS
NO PAREDÃO – O governador João Lyra Neto (PSB) e o senador Douglas
Cintra (PTB), que assume no lugar de Armando Neto, participaram de um debate,
ontem, na Rádio Cultura do Nordeste, de Caruaru, o chamado “Paredão 1.130”.
MISSÃO – O ex-governador Joaquim Francisco (PSB) não ocupará cargos
na gestão de Paulo Câmara, mas terá uma importante missão a cumprir, segundo
revelou, ontem, um auxiliar do governador eleito.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Quem vai comandar Suape?
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