CUNHA É FRANCO FAVORITO - Aliados do deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), o mais competitivo postulante à Presidência da Câmara, estão tão
convictos da vitória dele que chegam a contabilizar entre 290 a 300 votos entre
os 513 parlamentares que integram o colégio eleitoral da disputa em 1 de
fevereiro.
Líder do PP, Eduardo da Fonte
(PE) diz que já contabilizou em torno de 300 votos. Na sua bancada, formada por
38 deputados, o candidato do PT, Arlindo Chinaglia, segundo ele, só tem cinco
votos. Na próxima semana, Da Fonte vai reunir a bancada para anunciar o apoio
formal do partido ao candidato peemedebista.
Um dos coordenadores da campanha
de Cunha, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse que a eleição será
decidida no primeiro turno, mesmo tendo um terceiro candidato, o socialista
Júlio Delgado (MG). “Se a eleição fosse hoje, Cunha se elegeria com uma margem
folgada entre 295 a 300 votos”, afirmou.
Também integrante da estrutura do
candidato peemedebista, o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) informou no encontro
de ontem com a bancada federal pernambucana que em seu Estado dos 12
parlamentares, 11 estão fechados com a candidatura de Eduardo Cunha.
Na passagem ontem pelo Recife,
Cunha não quis falar em números. Preferiu fazer um discurso reforçando a tese
de que a Câmara tem que ser um poder independente, chegando a afirmar que,
eleito, não transformará a Casa numa tribuna de oposição nem tampouco “num
puxadinho do Palácio do Planalto”.
Tradicionalmente o partido do
presidente da República tem forte influência para eleger o comando da Câmara,
mas Cunha tem trunfos que deixam essa variável menos importante. O primeiro
deles é o total controle sobre a bancada do PMDB, a segunda maior da Câmara (66
deputados).
Vários desses deputados bancaram
suas campanhas com doações intermediadas por Cunha. Segundo alguns
parlamentares, quase a totalidade dos eleitos contou com essa ajuda financeira,
além de candidatos de outros partidos. Além da parte financeira, Cunha é um dos
parlamentares mais assíduos do Congresso.
Por fim, sempre foi, como muitos
brincam, o líder da oposição dentro do Governo. Embora comande o maior partido
aliado da base, armou rebeliões, mediu forças e nunca dinamitou pontes com a
oposição.
NO CABRESTO – Presente, ontem, ao almoço com o candidato do PMDB à
Presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Danilo Cabral (PSB) disse que,
antes de mostrar sua cara no ato, ligou para o deputado Júlio Delgado (MG), que
disputa pelo partido o mesmo cargo, para reafirmar seu voto. “Fiz um gesto de
cortesia com Cunha, mas meu voto é partidário”, assinalou. Embora licenciado,
Danilo vota, porque terá quer ser empossado dia 1.
SOCIALISTA COM CUNHA – Já o deputado Gonzaga Patriota, também integrante
da bancada do PSB, não apenas declarou o voto em Eduardo Cunha, mas exibiu na
camisa a praguinha da campanha do peemedebista. “Cunha é o melhor nome para
presidir a Casa”, alegou Patriota.
COMPROU A BRIGA – Na passagem ontem pelo Recife, na condição de um
dos coordenadores da campanha de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara, o líder
do PSC, André Moura (SE), fez questão de desmentir, em seu discurso, o colega
pernambucano Silvio Costa. Disse que, ao contrário do que Costa informou, a
bancada do PSC está fechada com Cunha.
NA COPERGÁS – O secretário
de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, faz, hoje, uma visita de cortesia
ao presidente da Copergás, Aldo Guedes. Aproveita para percorrer as instalações
da empresa, conhecer o corpo técnico e participar da primeira reunião de
monitoramento geral do ano da Companhia.
EM BOAS MÃOS – O secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota,
fez uma excelente escolha com a transferência do ex-secretário Aldo Santos para
o ProRural. Além de já ter dirigido o órgão na gestão Eduardo, Santos tem
interlocução fácil com os movimentos sociais e é um técnico de mão cheia.
CURTAS
2º ESCALÃO – O governador Paulo Câmara não definiu ainda quem vai
para Fernando de Noronha, o IPA e Suape. Quanto à Ceasa, a tendência é que seja
mantido o presidente Romero Pontual, que fez uma excelente gestão.
IMPRENSA – A jornalista Taisa Brito assumiu a coordenação de
Imprensa do secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino
Nascimento, no lugar de Jô Lima, deslocada para o Detran.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Por que Armando não convidou Paulo Câmara
para a sua posse?
'Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são
enganosos'. (Provérbios 27-6)
Nenhum comentário:
Postar um comentário