O novo ministro do Planejamento,
Nelson Barbosa, anunciou ontem (2) que o governo vai mudar as regras do
reajuste do salário mínimo.
Para isso, deve enviar ao Congresso ainda neste ano
um projeto com a mudanças - a atual fórmula, criada em 2007, acaba neste ano. O
ministro, porém, garantiu que os reajustes continuarão acima da variação da
inflação pelo menos até 2019.
Outra missão de Barbosa será
conciliar o aumento do mínimo com a necessidade de fazer um ajuste na política
econômica, de forma a aumentar a arrecadação e reduzir gastos públicos. No caso
do mínimo, se seguir o que defendeu em seu período na FGV-SP meses atrás,
quando estava fora do governo, o ministro advogará um reajuste pela variação da
inflação do ano anterior acrescido de uma taxa que represente os ganhos de
produtividade do País.
Hoje, o reajuste do salário
mínimo leva em conta, além da inflação, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB)
de dois anos antes.
As centrais sindicais querem se
antecipar a essa discussão dentro do governo. Ao Estado, os presidentes da
Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) defenderam um
aprimoramento da política atual, já que, com o baixo crescimento do PIB nos
últimos anos, os reajustes não têm sido tão expressivos. "Se a regra atual
for mantida, o reajuste de 2016 será ruim, por conta do PIB do ano passado. E
também o reajuste de 2017 vai sofrer com o PIB de 2015, que deve ser muito
baixo", disse Ricardo Patah, da UGT.
"Aceitamos que a regra seja
alterada para melhorar o aumento real, mas, se a ideia for reduzir ainda mais o
reajuste, então defendemos que a regra atual seja estendida", disse Miguel
Torres, da Força.
Estadão Conteúdo
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