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A noite e o clima frio não foram
suficientes para desmobilizar milhares de franceses, que às 21h (18h em
Brasília) continuavam na Praça da Nação, em Paris, depois da marcha histórica
que reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas na capital francesa.
A emoção ainda tomava conta dos
manifestantes, que cantavam repetidamente La Marseillaise, canção
revolucionária que se tornou o Hino da França, aplaudindo ao final. Muitos
seguravam velas. Outros, letras iluminadas que formavam a palavra
solidariedade.
Novas estimativas mostram que, em
toda a França, cerca de 3,7 milhões de pessoas participaram da marcha.
Franceses de todas as idades e de diferentes credos e ideologias saíram às ruas
não só para manifestar solidariedade aos que morreram nos ataques terroristas
que chocaram o país, mas também para protestar contra o terrorismo e relembrar
os valores da República: liberdade, igualdade e fraternidade.
O camaronês Mbbakopyaya Seidou,
que participou da manifestação desde o início da tarde, disse que não só os
franceses estão preocupados e consternados. “Estamos todos unidos. Não é um
problema da França, é um problema nosso, do mundo”, enfatizou ele.
Arianne Joseph – que vive na
França, mas nasceu na Síria – disse que venceu o medo em nome da solidariedade.
“É verdade que eu estava com muito medo de sair de casa. Achei que seria
perigoso, mas então eu pensei que eu deveria vir, que nós temos que estar
juntos, que apoiar uns aos outros”.
Agência Brail
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