O
Náutico encerrou o jejum em jogos oficiais na temporada 2015 em grande estilo.
Aproveitando bem os espaços dados pelo Serra Talhada no primeiro tempo, o timbu
construiu uma consistente goleada por 4×0 na noite desta quarta-feira (11), na
Arena Pernambuco pela terceira rodada do hexagonal do título do Campeonato
Pernambucano. Além de chegar aos quatro pontos, o placar serviu para afastar o
fantasma do Cangaceiro, que no último domingo assustou o Santa Cruz ao fazer
3×0. Agora, os alvirrubros voltam as atenções para a Copa do Nordeste, quando
enfrentam o Moto Club no próximo sábado (14), no Maranhão.
Sem
querer dar sopa para o azar, o Náutico tentou sufocar o adversário nos
primeiros minutos. E conseguiu. O Serra tinha dificuldade em ultrapassar a
linha divisória do gramado. A ordem era não deixar a bola chegar perto de
Júnior Juazeiro. Faltava criar a situação de gol e ela não demorou muito. Aos
oito, numa bola roubada no meio, Renato foi lançado. Entrou na área e tocou
rasteiro, na saída de Gleibson. Após tomar a dianteira o timbu recuou um pouco
seu bloco defensivo e sofreu pela falta de definição na marcação.
Com
espaços entre as linhas de marcação, o Cangaceiro passou a apostar na bola
longa e começou a levar perigo. O jogo ficou equilibrado com o time do Sertão
já tomando conta do meio de campo mas os da Capital sempre no perigo iminente
de encaixar algum contra-ataque. Júlio César fez uma grande defesa numa
cabeçada à queima roupa e Gastón Filgueira quase amplia meio sem querer.
O
Náutico voltou para o segundo tempo com Jefferson Nem no lugar de Patrick
Vieira. Na teoria manutenção da ofensividade, mas tanto Nem quanto Josimar, que
atuava mais pela esquerda, recuaram deixando apenas Renato no campo defensivo
do Serra Talhada. Mesmo com um pouco mais de folga na saída de jogo, a equipe
preta e laranja mostrou displicência e ‘entregou’ vários contra-ataques aos alvirrubros.
O
problema é que os de vermelho e branco também devolviam a gentiliza. Como? Sem
imprimir velocidade no contra-ataque. Os jogadores faziam o posicionamento
correto – dois atletas davam opção ao homem da bola, que demorava a trocar de
portador por tempo suficiente para a recomposição da defesa adversária. O
segundo gol saiu da insistência de Bruno Alves, aos 30 minutos. Ele cruzou
rasteiro e Josimar enganou Andson antes de acertar o canto direito de Gleibson.
A
ampliada do Náutico saiu justamente quando o Serra adotara uma postura mais
ofensiva com Jessuí no lugar de Ramon. O resultado foi mais espaço dado para os
contra-ataques. Aos 41, Josimar fez outro, desta vez com um passe rasteiro
vindo da esquerda, através de Jefferson Renan. O mesmo Renan foi o arquiteto do
quarto gol, que teve a conclusão de Guilherme, de carrinho.
GAROTADA
O
Náutico terminou o jogo com cinco jogadores formados na base: Flávio, Diego,
João Ananias, Jefferson Nem e Guilherme. O sexto utilizado foi Renato.
DIREITA
EM FALTA
O
lado direito alvirrubro ainda está em falta. David não tem o mesmo ímpeto – nem
qualidade – de Gastón Filgueira. Para ter mais equilíbrio ofensivo o técnico
Moacir Júnior vai ter que trabalhar mais as triangulações no setor sob pena de
o time não ter outra alternativa.
ERROU
A CONTA
Aos
30 minutos do primeiro tempo o árbitro Giorgio Wilton marcou falta de Fillipe
Souto, um carrinho. Mostrou o amarelo e em seguida o vermelho. O problema é que
o único alvirrubro advertido até então fora o lateral David. Felizmente
percebeu o erro e anulou a expulsão. Mas a torcida não absolveu e mandou-lhe a
tradicional vaia.
CERTO
POR LINHAS TORTAS
Aos
33 da primeira etapa, Gastón Filgueira arrancou pela esquerda e mandou para a
área, o endereço seria a cabeça de Josimar. Pegou errado na bola, prova disso é
que tirou terra do gramado, mas quase encobriu Gleibson, que voltou em tempo de
dar um tapa e mandar a escanteio.
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