sexta-feira, 20 de março de 2015

Dez deputados estaduais se articulam para disputar prefeituras em Pernambuco

Deputados estaduais alimentam o sonho de conquistar espaço no Poder Executivo. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A. Press
Por onde começa

Raiz de todos os esquemas de corrupção que envolvem políticos e tema mais polêmico da reforma política, o financiamento de campanha é um dos pontos que motivaram a criação da Coalizão pela Reforma Política Democrática, que reúne entidades civis e políticos de vários partidos que estão hoje na sede da OAB/PE, para pontuar sobre o que mais se fala no Brasil nos últimos meses. De Pernambuco, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) é uma das signatárias do movimento, que é taxativo: financiamento de campanha tem que ser público, podendo haver também a contribuição de pessoas físicas até R$ 700. Nada indica, no entanto, que essa iniciativa tenha êxito. 

Até hoje, nenhuma comissão conseguiu colocar em votação o financiamento de campanha tamanhas as divergências que separam partidos e parlamentares. Abaixo dessa questão, o que mais divide os políticos é o modelo eleitoral para a disputa proporcional. Enquanto as discussões sobre o voto distrital ou lista partidária nunca chegam a um consenso, o fim da coligação é algo que provoca arrepios em muitos deputados, que jamais teriam sido eleitos sem esse instrumento eleitoral. 

Bem, neste momento em que os desencontros entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto chegam a níveis surpreendentes, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma política tem conseguido avançar na discussão de alguns temas. Agora chegar ao plenário até 30 de setembro, para alguma coisa valer já nas eleições municipais de 2016, isso vai exigir muito trabalho além de muito otimismo.

Refeição dupla

A existência de palanques duplos em vários municípios tem obrigado o governador Paulo Câmara (PSB) a fazer também duas refeições durante os seminários Todos por Pernambuco. Ontem, em Floresta, Paulo almoçou na casa da prefeita Rorró Maniçoba (PSB) e na residência do deputado estudual Rodrigo Novaes (PSD).

Linha dura

A linha dura do PSB que bate forte no governo Dilma continua majoritária no partido. Defensores de uma reaproximação com a presidente, como o senador Fernando Bezerra Coelho, pouco são ouvidos.No estado, a linha dura já foi representada pelo prefeito Geraldo Julio, ficando o governador Paulo Câmara em segundo plano. Hoje, o PSB nacional começa a traçar o planejamento  estratégico para os próximos anos.

Caravana

Só são dois deputados, o socialista Miguel Coelho (foto) e Rodrigo Novaes (PSD), mas eles pretendem percorrer todo o Nordeste para uma avaliação da situação hídrica da região e discutir a possibilidade de se criar, em todas as assembleias estaduais, comissões permanentes para tratar da questão. Os dois parlamentares têm base política, respectivamente, em Petrolina e Floresta, no Sertão.

Pré-candidatos

Na Assembleia já é grande a especulação sobre os  deputados que vão disputar as eleições para prefeito em 2016. Por enquanto fazem parte da lista de pré-candidatos da base do governo, os deputados Nilton Mota (Prefeitura de Surubim), Rodrigo Novaes (Floresta), Lula Cabral (Cabo), Clodoaldo Magalhães (Tamandaré), Tony Gel e Raquel Lyra (Caruaru), Ricardo Costa (Olinda) e Ângelo Ferreira (Sertânia). Entre os suplentes, cogita-se a possibilidade do deputado Antonio Moraes ser candidato a prefeito de Itapissuma e Anchieta Patriota de Carnaíba.

Diario de Pernambuco

Nenhum comentário: