Deputados estaduais alimentam o sonho de conquistar espaço no Poder Executivo. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A. Press |
Por onde começa
Raiz de todos os esquemas de
corrupção que envolvem políticos e tema mais polêmico da reforma política, o
financiamento de campanha é um dos pontos que motivaram a criação da Coalizão
pela Reforma Política Democrática, que reúne entidades civis e políticos de
vários partidos que estão hoje na sede da OAB/PE, para pontuar sobre o que mais
se fala no Brasil nos últimos meses. De Pernambuco, a deputada federal Luciana
Santos (PCdoB) é uma das signatárias do movimento, que é taxativo:
financiamento de campanha tem que ser público, podendo haver também a
contribuição de pessoas físicas até R$ 700. Nada indica, no entanto, que essa
iniciativa tenha êxito.
Até hoje, nenhuma comissão conseguiu colocar em votação
o financiamento de campanha tamanhas as divergências que separam partidos e
parlamentares. Abaixo dessa questão, o que mais divide os políticos é o modelo
eleitoral para a disputa proporcional. Enquanto as discussões sobre o voto
distrital ou lista partidária nunca chegam a um consenso, o fim da coligação é
algo que provoca arrepios em muitos deputados, que jamais teriam sido eleitos
sem esse instrumento eleitoral.
Bem, neste momento em que os desencontros entre
o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto chegam a níveis surpreendentes, a
comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma política tem
conseguido avançar na discussão de alguns temas. Agora chegar ao plenário até
30 de setembro, para alguma coisa valer já nas eleições municipais de 2016,
isso vai exigir muito trabalho além de muito otimismo.
Refeição dupla
A existência de palanques duplos
em vários municípios tem obrigado o governador Paulo Câmara (PSB) a fazer
também duas refeições durante os seminários Todos por Pernambuco. Ontem, em
Floresta, Paulo almoçou na casa da prefeita Rorró Maniçoba (PSB) e na
residência do deputado estudual Rodrigo Novaes (PSD).
Linha dura
A linha dura do PSB que bate
forte no governo Dilma continua majoritária no partido. Defensores de uma
reaproximação com a presidente, como o senador Fernando Bezerra Coelho, pouco
são ouvidos.No estado, a linha dura já foi representada pelo prefeito Geraldo
Julio, ficando o governador Paulo Câmara em segundo plano. Hoje, o PSB nacional
começa a traçar o planejamento
estratégico para os próximos anos.
Caravana
Só são dois deputados, o
socialista Miguel Coelho (foto) e Rodrigo Novaes (PSD), mas eles pretendem
percorrer todo o Nordeste para uma avaliação da situação hídrica da região e
discutir a possibilidade de se criar, em todas as assembleias estaduais,
comissões permanentes para tratar da questão. Os dois parlamentares têm base
política, respectivamente, em Petrolina e Floresta, no Sertão.
Pré-candidatos
Na Assembleia já é grande a
especulação sobre os deputados que vão
disputar as eleições para prefeito em 2016. Por enquanto fazem parte da lista
de pré-candidatos da base do governo, os deputados Nilton Mota (Prefeitura de
Surubim), Rodrigo Novaes (Floresta), Lula Cabral (Cabo), Clodoaldo Magalhães
(Tamandaré), Tony Gel e Raquel Lyra (Caruaru), Ricardo Costa (Olinda) e Ângelo
Ferreira (Sertânia). Entre os suplentes, cogita-se a possibilidade do deputado
Antonio Moraes ser candidato a prefeito de Itapissuma e Anchieta Patriota de
Carnaíba.
Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário