Atualmente,
1.051 pessoas necessitam de um rim para melhorar qualidade de vida
Os rins são responsáveis por filtrar o sangue
do corpo humano e eliminar substâncias nocivas ao organismo, além de secretar
substâncias importantes à saúde. Para manter o órgão em pleno funcionamento, é
importante beber bastante água, manter a pressão sob controle e ter uma dieta
saudável, para evitar sobrepeso e o surgimento da diabetes. Quando o
funcionamento do rim fica comprometido, a pessoa entra em um processo chamado
de insuficiência renal, que na fase crônica pode necessitar de um transplante
como alternativa terapêutica para a situação.
Em Pernambuco, há 1.051 pessoas esperando por
um transplante de rim, órgão que tem seu dia mundial comemorado nesta
quinta-feira (12/03). Essa é a maior fila registrada na Central de Transplantes
de Pernambuco (CT-PE), representando 82,7% de todos os pernambucanos que
esperam por algum órgão. E a espera pode ser longa: em 2013, 284 pessoas foram
transplantadas no Estado. Em 2014, o número foi de 279 doentes, uma queda de
2%. Em No estado, o Imip e os hospitais Português, das Clínicas e Santa
Efigênia (Caruaru) são credenciados para fazer transplantes de rim.
De
acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Noemy Gomes, quando um
rim é doado, além da compatibilidade sanguínea, como em outros órgãos, é
preciso ser feito um teste de compatibilidade genética para saber quem é o
receptor mais adequado em cada situação. “Nesse caso, não pegamos quem está
esperando a mais tempo na fila de espera, mas aquele que tem mais
compatibilidade para receber aquele rim”, frisa Noemy.
A
coordenadora ainda lembra que é preciso do auxílio de toda a população para
diminuir o tempo de espera por um rim e também por outros órgãos, como coração,
fígado, córnea. “Quando há a morte encefálica, uma pessoa pode salvar até duas
outras que estão na fila de espera por um rim. Esses órgãos não terão mais
serventia para o que foi diagnosticado morto, mas fará uma grande diferença na
qualidade de vida de um indivíduo que chega a passar seis anos esperando pelo
transplante. Por isso sempre fazemos campanha para que a população fique
consciente da importância de se declarar doador ainda em vida”, afirma.
DOAÇÃO
INTERVIVO – No caso do rim, além do doador diagnosticado com morte encefálica,
a doação também pode ser feita por um doador vivo, como previsto na legislação
brasileira. Nesse caso, é necessário ter um grau de parentesco com o receptor
de até quarto grau – primo legítimo.
“Também
é necessário fazer um teste de compatibilidade. Se for compatível, o doador
passa por uma série de exames para que essa doação não traga nenhum malefício a
sua saúde”, avisa Noemy Gomes. Essa é a única modalidade de transplante que o
órgão é direcionado especificamente para uma pessoa, que, mesmo assim, deve
estar inscrita na fila da Central de Transplantes.
Diário Pernambuco
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