De 2011 a 2014, 7.652 toneladas
de sódio foram retiradas de produtos alimentícios no Brasil por meio de
compromisso firmado pelo Ministério da Saúde e Associação das Indústrias da
Alimentação (Abia). Os dados foram divulgados hoje (12) pela pasta. A meta do
governo é que, até 2020, o setor promova a retirada voluntária de 28.562
toneladas de sal do mercado brasileiro.
Na segunda etapa do Plano
Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados, foram analisados bolos,
snacks (batata palha e salgadinhos de milho), maioneses e biscoitos. Os
produtos são feitos por 69 indústrias e sofreram uma redução de 5.793 toneladas
de sódio em suas fórmulas desde 2013. Na primeira etapa, em 2011, que envolveu
macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinha, 1.859 toneladas de sódio
saíram do mercado.
A maior redução, segundo o
ministério, foi observada na categoria dos rocamboles, com queda de 21,11% no
teor de sódio, seguida pela mistura para bolo aerado (16,6%) e pela maionese
(16,23%). As demais categorias, de acordo com os dados, também registraram
queda: bolos prontos sem recheio (15,8%), bolos prontos com recheio (15%),
batata frita e batata palha (13,71%), biscoito doce (11,41%), salgadinho de
milho (9,4%), biscoito recheado (6,48%), mistura para bolo cremoso (5,9%) e
biscoito salgado (5,8%).
Os números mostram ainda que, em
2013, das 69 indústrias analisadas, 95% dos produtos conseguiram reduzir o teor
máximo de sódio da composição. Grande parte dos participantes também conseguiu
antecipar as metas estabelecidas para 2014: 83% dos bolos prontos com recheio,
96,2% das misturas para bolo aerado, 89,7% dos salgadinhos de milho, 68% da
batata palha e batata frita e 77,8% dos biscoitos doces recheados.
As indústrias que não alcançaram
o resultado esperado de redução foram notificadas pelo ministério e devem
apresentar à pasta uma justificativa, além de uma nova estratégia para diminuir
a quantidade de sal nos alimentos.
O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, avaliou os resultados da segunda etapa de monitoramento como
extremamente positivos e impactantes. "Mas não adianta comemorarmos essa
retirada de mais de 5 mil toneladas de sódio se não tivermos capacidade de
trabalhar na alimentação, na merenda escolar, nos hábitos alimentares e na
retirada do saleiro da mesa."
O presidente da Abia, Edmundo
Klotz, garantiu que a indústria também está engajada na estratégia de criar
alternativas para o consumo doméstico do sal. "A primeira fase é a
retirada do sódio e a segunda, a substituição. Buscamos produtos que substituam
o sal ou alternativas de sal com redução de sódio", explicou.
O acordo entre o governo e o
setor de indústrias da alimentação conta ainda com outras duas etapas, a serem
divulgadas até 2016 e que devem incluir alimentos como margarina, hambúrguer,
empanados e salsichas. O cumprimento das metas, que envolvem os produtos mais
consumidos pela população, vai contribuir para a redução no consumo de sódio
diário no país para menos de 2 miligramas (mg) por pessoa (cerca de 5 quilos de
sal).
Da Agência Brasil
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