Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem |
Após ser comunicado sobre a
decisão de nova greve dos professores, a partir do dia 29, Estado anuncia o
cancelamento de todos os pontos negociados com o Sintepe
O Estado anunciou, em nota
oficial divulgada na noite desta quinta-feira (21), a suspensão de todos os
pontos acordados com os professores da rede estadual. A medida foi uma reação à
decisão da categoria, que em assembleia pela manhã, aprovou a retomada da greve
a partir da próxima sexta-feira (29). A medida do governo implica,
principalmente, no não pagamento dos dias parados (descontados como punição
pelos 25 dias de paralisação no mês de abril) e na retirada da proposta de
aumento de 7%, parcelado em quatro vezes.
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“O governo de Pernambuco recebeu
com surpresa a decisão comunicada pelo Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Pernambuco) à Secretaria de Administração, na tarde desta
quinta-feira (21), rejeitando a proposta construída conjuntamente em mesa de
negociação, após oito reuniões”, ressalta a nota.
Reunidos em assembleia no Clube
Português, nas Graças, Zona Norte do Recife, cerca de 2.500 professores
rejeitaram o reajuste de 7%, decretaram greve e convocaram nova reunião para o
dia 29, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), às 14h. Até o
dia 28, os professores devem promover mobilizações nas unidades de ensino para
aumentar a adesão ao movimento.
“O Estado provavelmente vai
notificar o sindicato. A expectativa é de que seja uma luta difícil, mas
estamos dispostos a enfrentá-la em busca da valorização da categoria”, previa o
presidente do Sintepe, Fernando Melo, horas antes de comunicar oficialmente ao
Estado a decisão tomada em assembleia.
Após uma série de reuniões, a
última proposta da Secretaria Estadual de Administração (SAD) foi um reajuste
salarial de 0,89% retroativo a abril, mais 6%, parcelados em três vezes. Os
professores reivindicam 13,01%. A categoria parou 25 dias este ano – entre 10
de abril e 4 de maio – depois de a Alepe ter aprovado aumento de 13,01% só para
profissionais com magistério, contemplando apenas 10% dos docentes.
Do JC Online
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