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imagem: nautico-pe.com.br |
Com protagonistas nem tão laureados como os clubes do Rio
de Janeiro ou de São Paulo, por exemplo, o duelo entre Náutico e Sport é, ainda
assim, orgulhosamente conhecido no Recife como o "Clássico dos
Clássicos". O mais desavisado pode achar um exagero.
Mas, quando você tem
mais de 100 anos de história e mais de 400 jogos em seus registros – e há levantamentos que falam até em mais de
500 duelos –, fica bem mais difícil contestar essa denominação.
Diante de tamanha tradição, considerando que as partidas
entre esses dois gigantes nordestinos são realizadas numa região afastada do
principal eixo econômico do país e sediadas em seu apenas nono munícipo mais
povoado, esse duelo em particular ajuda a justificar a caracterização do Brasil
como o "país do futebol". Ainda mais se levarmos em conta que os
torcedores do Santa Cruz, a outra força da capital pernambucana, certamente
teriam um ou outro pitaco a acrescentar nessa conversa.
As origens
Quando o estudante Guilherme de Aquino Fonseca repetiu os
passos do pioneiro do futebol brasileiro, Charles Miller, ao retornar da
Inglaterra com dois conjuntos completos de uniforme, bolas e chuteiras, ele foi
decisivo não só para divulgar o esporte no Recife, mas como criava
involuntariamente o terceiro clássico mais antigo do Brasil (apenas o Vovô,
entre Botafogo e Fluminense, e o Gre-Nal, entre Grêmio e Internacional,
começaram antes).