Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Morreu hoje
(24), aos 74 anos, vítima de um infarto, o cantor e compositor Pery Ribeiro.
Ele estava internado há 30 dias no Hospital Universitário Pedro Ernesto, para
tratar de uma endocardite e teria alta nos próximos dias, segundo informou sua
mulher, a empresária Ana Duarte. O corpo será velado amanhã (25), a partir das
15h, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O local do sepultamento ainda não
foi definido pela família.
Filho da cantora Dalva de
Oliveira e do compositor Herivelto Martins, Pery de Oliveira Martins, nasceu no
Rio em 1937 e, ainda criança, começou a seguir a mesma carreira dos pais,
grandes nomes da música popular brasileira nas décadas de 40 e 50 do século
passado. Foi no auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, por sugestão do
radialista César de Alencar, que o jovem cantor adotou o nome artístico de Pery
Ribeiro.
Em 1960, gravou o primeiro disco
e lançou a primeira composição, Não Devo Insistir, em parceria com Dora Lopes.
No ano seguinte, foi o intérprete de Manhã de Carnaval e Samba de Orfeu, ambas
compostas por Luiz Bonfá e Antonio Maria para o filme Orfeu do Carnaval,
dirigido pelo cineasta francês Marcel Camus.
Ligado à bossa nova, Pery lançou
em 1963 a primeira gravação comercial de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e
Vinicius de Moraes. A canção é um dos maiores sucessos mundiais da música
popular brasileira. Ao longo da carreira, Pery Ribeiro gravou 12 discos
dedicados à bossa nova e, nos anos 70, numa linha mais jazzística, atuou no
Brasil e em turnês internacionais, ao lado da cantora Leny Andrade e do
conjunto liderado pelo pianista Sergio Mendes. Recebeu cerca de 60 troféus e
prêmios e também participou de filmes brasileiros.
Edição: Nádia Franco
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