Da Agência Estado
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imagem: correiodobrasil.com.br |
O ministro
da Educação, Aloizio Mercadante, reconheceu nesta quinta-feira (1º) que o
reajuste de 22,2% no piso nacional do magistério é elevado e que algumas
prefeituras terão dificuldade com as novas folhas de pagamento. Ele fez um
apelo a professores e gestores municipais para que busquem o entendimento e
evitem paralisações.
“É preciso
equilíbrio, responsabilidade. Os professores têm que ajudar para que isso seja
absorvido e para que não haja retrocesso”, ressaltou, ao participar do programa
Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de
Comunicação da Presidência.
O novo
piso foi anunciado na última segunda-feira (27) e elevou o salário dos
professores de R$ 1.187 para R$ 1.451. O valor estipulado para este ano
acompanha o aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb) de 2011 para 2012, conforme determina a legislação atual.
Alguns
estados e municípios alegam dificuldade financeira para pagar o valor
determinado. Governadores reuniram-se nesta terça (28) com o presidente da
Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto
de lei que altere o critério de correção do piso, que passaria a ser feito com
base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.
Mercadante
lembrou que, em alguns estados, 57% da folha de pagamento são destinados a
pagamento de aposentados. “Não é só um problema do piso, há problemas
localizados”, avaliou. Para o ministro, a qualidade da educação constitui o
maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons
profissionais não vão querer lecionar.
“Precisamos
de uma solução que seja sustentável e progressiva. O que não podemos é congelar
o piso. Para este ano, a lei é esta. Já divulgamos os parâmetros e a lei é para
ser cumprida”, concluiu.
SALÁRIO -
Quanto ao pagamento do piso nacional dos professores, que foi reajustado para
R$ 1.451 por mês, Mercadante disse que o MEC sabe das dificuldades das
prefeituras garantirem o pagamento desse valor, mas afirmou que isso não pode
levar ao retrocesso.
"Se
quisermos ter educação de qualidade no Brasil, vamos ter de continuar
recuperando o piso, para que os jovens que estão na universidade se motivem a
ser professores", afirmou.
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