terça-feira, 15 de abril de 2014

Do blog do Magno Martins: Coluna da terça-feira

LEVANDO DE GOLEADA - Na passagem, ontem, por Pernambuco, a presidente Dilma passou o tempo inteiro, pelo menos em Suape, defendendo a Petrobras, estatal envolvida num mega escândalo e que já virou o calcanhar de Aquiles do seu governo.

Objeto de instalação de uma CPI no Congresso que não se sabe ainda a sua extensão, a Petrobras, certamente, de uma forma ou de outra, também será a pauta da campanha e do guia eleitoral no rádio e na televisão.

De forma enfática, em seu discurso pronunciado em Suape, Dilma disse que a estatal petrolífera é um símbolo do País e que não pode ser destruída por eventuais ações de natureza política.

Afirmou que, ao contrário do discurso pregado pela oposição, a Petrobras vale, hoje, muito mais do que na era Fernando Henrique. “Lá atrás, ela (a Petrobras) valia R$ 15 bilhões, hoje vale R$ 98 bilhões”, disse Dilma, adiantando que a estatal é a empresa mais bem-sucedida do País.

Com o seu discurso, Dilma quis avocar para si o soerguimento da Petrobras, estratégia de que a melhor defesa é o ataque. Mas não está em jogo neste processo quem melhorou ou avacalhou a Petrobras.

O debate é de responsabilidades e a presidente tem que explicar o prejuízo enorme que ela como ministra da Casa Civil e, portanto, presidente do Conselho da estatal, ao autorizar a compra de uma refinaria nos Estados por S$ 30 milhões a mais do que valia.

Este é o X e por isso mesmo está sendo responsabilizada pelo Ministério Público. Não adianta, portanto, ficar fazendo proselitismo para tentar inverter um jogo no qual está perdendo de goleada.

PROTESTO – O Movimento Emancipalista fez um protesto solitário contra a presidente Dilma, ontem, em Serra Talhada, pelo veto dado à criação de novos municípios. Entre os que levaram faixas para o ato na Estação do Forró, lideranças do distrito de Fátima, que quer ganhar independência de Flores, a 45 km de Serra.

CIÚME SERTANEJO
Ao saber que o presidente da Amupe, José Patriota, havia criticado Dilma por não ter escolhido Afogados da Ingazeira para o ato de ampliação da Adutora do Pajeú, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, que é do PT, recorreu à ironia: “Isso é um ciúme besta”.



A MADRINHA – Na fala em Serra Talhada, a presidente Dilma aproveitou para fazer uma longa prestação de contas do seu mandato em Pernambuco, destacando especialmente os investimentos na área hídrica. O objetivo foi se apresentar como a grande madrinha dos projetos que tiraram os sertanejos da penúria com o aumento da oferta de água na região.

ATAQUE PETISTA - O discurso do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), chamou atenção pelas farpas direcionadas ao ex-governador Eduardo Campos. O petista, depois de elogiar o governador João Lyra por ter assumido compromissos com o Interior em sua fala na posse, só não chamou Eduardo diretamente de omisso. Mas nem precisava.


O BRASIL PAROU
Ao anunciar festejar, ontem, em Brasília, a entrada de Marina Silva em sua chapa, o pré-candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, fez o mais duro ataque ao Governo Dilma. “Com Dilma, o Brasil perdeu o rumo estratégico. O Brasil parou, o povo perdeu a fé. E não podemos deixar o povo brasileiro desanimar da nossa luta”, afirmou.


CURTAS

MUDOU? – Despertou atenção em Serra Talhada a presença da deputada Luciana Santos, do PCdoB, na comitiva presidencial, não apenas por não ter ligação com a região e, portanto, não ser votada em Serra nem outro município do Pajeú. Além do mais, no Estado o partido dela apoia Eduardo para presidente.

PLATEIA - Ao cerimonial do Planalto, o prefeito Luciano Duque prometeu arrastar três mil pessoas para aplaudir a presidente Dilma, mas passaram por lá cerca de cinco mil pessoas, segundo registro feito pela própria equipe da petista.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: Que leitura o PSB faz dos afagos de Humberto Costa a João Lyra?


'Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros'. (Provérbios 24-6)

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