LEVANDO DE GOLEADA - Na passagem, ontem, por Pernambuco, a
presidente Dilma passou o tempo inteiro, pelo menos em Suape, defendendo a
Petrobras, estatal envolvida num mega escândalo e que já virou o calcanhar de
Aquiles do seu governo.
Objeto de instalação de uma CPI
no Congresso que não se sabe ainda a sua extensão, a Petrobras, certamente, de
uma forma ou de outra, também será a pauta da campanha e do guia eleitoral no
rádio e na televisão.
De forma enfática, em seu
discurso pronunciado em Suape, Dilma disse que a estatal petrolífera é um
símbolo do País e que não pode ser destruída por eventuais ações de natureza
política.
Afirmou que, ao contrário do
discurso pregado pela oposição, a Petrobras vale, hoje, muito mais do que na
era Fernando Henrique. “Lá atrás, ela (a Petrobras) valia R$ 15 bilhões, hoje
vale R$ 98 bilhões”, disse Dilma, adiantando que a estatal é a empresa mais
bem-sucedida do País.
Com o seu discurso, Dilma quis
avocar para si o soerguimento da Petrobras, estratégia de que a melhor defesa é
o ataque. Mas não está em jogo neste processo quem melhorou ou avacalhou a
Petrobras.
O debate é de responsabilidades e
a presidente tem que explicar o prejuízo enorme que ela como ministra da Casa
Civil e, portanto, presidente do Conselho da estatal, ao autorizar a compra de
uma refinaria nos Estados por S$ 30 milhões a mais do que valia.
Este é o X e por isso mesmo está
sendo responsabilizada pelo Ministério Público. Não adianta, portanto, ficar
fazendo proselitismo para tentar inverter um jogo no qual está perdendo de
goleada.
PROTESTO – O Movimento Emancipalista fez um protesto solitário
contra a presidente Dilma, ontem, em Serra Talhada, pelo veto dado à criação de
novos municípios. Entre os que levaram faixas para o ato na Estação do Forró,
lideranças do distrito de Fátima, que quer ganhar independência de Flores, a 45
km de Serra.
CIÚME SERTANEJO
Ao saber que o presidente da Amupe, José
Patriota, havia criticado Dilma por não ter escolhido Afogados da Ingazeira
para o ato de ampliação da Adutora do Pajeú, o prefeito de Serra Talhada,
Luciano Duque, que é do PT, recorreu à ironia: “Isso é um ciúme besta”.
A MADRINHA – Na fala em Serra Talhada, a presidente Dilma aproveitou
para fazer uma longa prestação de contas do seu mandato em Pernambuco,
destacando especialmente os investimentos na área hídrica. O objetivo foi se
apresentar como a grande madrinha dos projetos que tiraram os sertanejos da
penúria com o aumento da oferta de água na região.
ATAQUE PETISTA - O discurso do prefeito de Serra Talhada, Luciano
Duque (PT), chamou atenção pelas farpas direcionadas ao ex-governador Eduardo
Campos. O petista, depois de elogiar o governador João Lyra por ter assumido
compromissos com o Interior em sua fala na posse, só não chamou Eduardo
diretamente de omisso. Mas nem precisava.
O BRASIL PAROU
Ao anunciar festejar, ontem, em Brasília, a
entrada de Marina Silva em sua chapa, o pré-candidato do PSB ao Planalto,
Eduardo Campos, fez o mais duro ataque ao Governo Dilma. “Com Dilma, o Brasil
perdeu o rumo estratégico. O Brasil parou, o povo perdeu a fé. E não podemos
deixar o povo brasileiro desanimar da nossa luta”, afirmou.
CURTAS
MUDOU? – Despertou atenção em
Serra Talhada a presença da deputada Luciana Santos, do PCdoB, na comitiva
presidencial, não apenas por não ter ligação com a região e, portanto, não ser
votada em Serra nem outro município do Pajeú. Além do mais, no Estado o partido
dela apoia Eduardo para presidente.
PLATEIA - Ao cerimonial do Planalto, o prefeito Luciano Duque
prometeu arrastar três mil pessoas para aplaudir a presidente Dilma, mas
passaram por lá cerca de cinco mil pessoas, segundo registro feito pela própria
equipe da petista.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Que leitura o PSB faz dos afagos de Humberto
Costa a João Lyra?
'Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão
dos conselheiros'. (Provérbios 24-6)
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