Colaborou Ivo Dantas
Pernambuco vive a expectativa do anúncio oficial da implantação de uma montadora de veículos da Fiat no Complexo Industrial Portuário de Suape. Líder no mercado brasileiro de automóveis, a empresa italiana está concluindo as negociações para instalação de uma segunda fábrica no País. Ontem, em nota conjunta enviada à imprensa, o governo do Estado e a companhia “confirmam que mantêm conversações em torno da oportunidade de investimentos e que voltarão a tratar do assunto na próxima terça-feira.”
Desde que perdeu a disputa com a Bahia para sediar a fábrica da Ford, no final dos anos 90, Pernambuco tem preparado terreno para não deixar passar uma segunda oportunidade. Nos últimos anos, o Estado tem se candidatado como endereço tanto para montadoras que farão sua estreia no Brasil – a exemplo das chinesas Chery, JAC, BYD –, quando para as indústrias interessadas em expandir sua atuação no País – como General Motors (GM) e Fiat.
A possível escolha da Fiat por Pernambuco está baseada em pelo menos três fatores: a indiscutível vantagem logística de Suape, o forte mercado consumidor local e a política de incentivos fiscais desenhada para alavancar o surgimento de um polo automotivo no Estado. A performance da central de importação da GM, que começou a operar este ano em Suape, é um exemplo prático dessa posição geográfica privilegiada.
Se o mercado consumidor do Nordeste tem crescido acima da média nacional, Pernambuco está acelerando para alcançar a liderança regional. Há 2 anos, Recife vendia 20% menos automóveis que Salvador. No ano passado essa diferença caiu para 9% e a previsão para este ano, pela primeira vez, é que o Recife feche a frente dos soteropolitanos, tornando-se a capital automotiva do Nordeste. No Estado, a Fiat conta com três grandes concessionários: Via Sul, Fiori e Italiana.
Hoje, a Fiat conta com uma fábrica no município mineiro de Betim. Com capacidade para produzir 800 mil veículos por ano (veja quadro ao lado), a unidade é considerada uma das maiores do mundo e poderá alcançar o topo em 2010. A unidade opera com 2,5 turnos e, num prazo de mais dois anos, deverá ocupar 100% da sua capacidade, razão pela qual o plano de investimentos prevê uma nova montadora.
Informações do mercado apontam que o governo de Minas Gerais tentou oferecer incentivos para que a Fiat mantivesse seu plano de expansão no Estado. Mas a orientação do governo Lula tinha sido descentralizar os grandes empreendimentos, assim como aconteceu com a indústria naval, durante décadas encravada no Rio. Pernambuco tratou de tentar garantir musculatura ao polo automobilístico, que além de oferecer 95% de crédito presumido de ICMS, também está buscando soluções para incentivar a importação de equipamentos e insumos para garantir a formação de uma cadeia produtiva local.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Jenner Guimarães, lembra que a Bahia chegou a equalizar as taxas de financiamentos dos bancos para garantir a instalação das indústrias satélites. “O programa Desenbahia bancava parte da taxa para fortalecer o setor”, comenta. O projeto do governo é atrair centrais de distribuição, indústrias de pneus, acessórios, peças e tantas outras para formar a cadeia produtiva.
De janeiro a novembro deste ano, a Fiat acumula participação de 22,95% no mercado brasileiro de automóveis. A montadora italiana chegou ao Brasil em 1976. Foi a primeira grande empresa do setor a se instalar fora da região do ABC Paulista, na época a capital da indústria automobilística nacional.
Além da Fiat, a GM também chegou a sinalizar com a possibilidade de avançar no seu projeto em Pernambuco, que já sedia uma central de importação, podendo avançar para uma fábrica.
Desde que perdeu a disputa com a Bahia para sediar a fábrica da Ford, no final dos anos 90, Pernambuco tem preparado terreno para não deixar passar uma segunda oportunidade. Nos últimos anos, o Estado tem se candidatado como endereço tanto para montadoras que farão sua estreia no Brasil – a exemplo das chinesas Chery, JAC, BYD –, quando para as indústrias interessadas em expandir sua atuação no País – como General Motors (GM) e Fiat.
A possível escolha da Fiat por Pernambuco está baseada em pelo menos três fatores: a indiscutível vantagem logística de Suape, o forte mercado consumidor local e a política de incentivos fiscais desenhada para alavancar o surgimento de um polo automotivo no Estado. A performance da central de importação da GM, que começou a operar este ano em Suape, é um exemplo prático dessa posição geográfica privilegiada.
Se o mercado consumidor do Nordeste tem crescido acima da média nacional, Pernambuco está acelerando para alcançar a liderança regional. Há 2 anos, Recife vendia 20% menos automóveis que Salvador. No ano passado essa diferença caiu para 9% e a previsão para este ano, pela primeira vez, é que o Recife feche a frente dos soteropolitanos, tornando-se a capital automotiva do Nordeste. No Estado, a Fiat conta com três grandes concessionários: Via Sul, Fiori e Italiana.
Hoje, a Fiat conta com uma fábrica no município mineiro de Betim. Com capacidade para produzir 800 mil veículos por ano (veja quadro ao lado), a unidade é considerada uma das maiores do mundo e poderá alcançar o topo em 2010. A unidade opera com 2,5 turnos e, num prazo de mais dois anos, deverá ocupar 100% da sua capacidade, razão pela qual o plano de investimentos prevê uma nova montadora.
Informações do mercado apontam que o governo de Minas Gerais tentou oferecer incentivos para que a Fiat mantivesse seu plano de expansão no Estado. Mas a orientação do governo Lula tinha sido descentralizar os grandes empreendimentos, assim como aconteceu com a indústria naval, durante décadas encravada no Rio. Pernambuco tratou de tentar garantir musculatura ao polo automobilístico, que além de oferecer 95% de crédito presumido de ICMS, também está buscando soluções para incentivar a importação de equipamentos e insumos para garantir a formação de uma cadeia produtiva local.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Jenner Guimarães, lembra que a Bahia chegou a equalizar as taxas de financiamentos dos bancos para garantir a instalação das indústrias satélites. “O programa Desenbahia bancava parte da taxa para fortalecer o setor”, comenta. O projeto do governo é atrair centrais de distribuição, indústrias de pneus, acessórios, peças e tantas outras para formar a cadeia produtiva.
De janeiro a novembro deste ano, a Fiat acumula participação de 22,95% no mercado brasileiro de automóveis. A montadora italiana chegou ao Brasil em 1976. Foi a primeira grande empresa do setor a se instalar fora da região do ABC Paulista, na época a capital da indústria automobilística nacional.
Além da Fiat, a GM também chegou a sinalizar com a possibilidade de avançar no seu projeto em Pernambuco, que já sedia uma central de importação, podendo avançar para uma fábrica.
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