Parte 2
ESTILO MUSICAL
ESTILO MUSICAL
O estilo musical interpretado ao longo da carreira percorria assim o FINO DA BOSSA NOVA, firmando-se como uma das maiores referências vocais deste gênero. Aos poucos, o estilo MPB, pautado por um hibridismo ainda mais urbano e POPULARESCO que a BOSSA NOVA, distanciando-se das raízes do JAZZ americano, seria mais um estilo explorado. Já no SAMBA consagrou TIRO AO ÁLVARO e IRACEMA (ADONIRAN BARBOSA), entre outros. Notabilizou-se pela uniformidade vocal, primazia técnica e uma afinação a toda prova. O registro vocal pode ser definido como de uma MEZZO-SOPRANO característico com um fundo levemente metálico e vagamente rouco.
ADONIRAN BARBOSA |
Desde a década de 60, quando surgiram os especiais do FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (TV RECORD), até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos, registravam índices recordes de audiência. No festival conheceu CHICO BUARQUE, mas acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor.
Chico Buarque e Elis Regina |
ELIS participou do especial MULHER 80(REDE GLOBO), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, como MARIA BETHÂNIA, FAFÁ DE BELÉM, ZEZÉ MOTTA, MARINA LIMA, SIMONE, RITA LEE, JOANNA, ELIS REGINA, GAL COSTA e as participações especiais das atrizes REGINA DUARTE E NARJARA TURETTA, que protagonizaram o seriado MALU MULHER.
Elis Regina e Edu Lobo |
A antológica interpretação de ARRASTÃO (EDU LOBO e VINICIUS DE MORAES), no Festival, escreveu um novo capitulo na história da música brasileira, inaugurando a MPB e apresentando uma ELIS ousada. Uma interpretação inesquecível, encenada pouco depois de completar apenas 20 anos de idade e coroada com o reconhecimento do PRÊMIO BERIMBAU DE OURO. O TRÓFEU ROQUETTE PINTO veio na sequência, elegendo-a a MELHOR CANTORA DO ANO.
Vinicius de Moraes |
Fã incondicional de ANGELA MARIA, a quem prestou várias homenagens, ELIS impulsionava uma carreira não menos gloriosa, possibilitando o lançamento do primeiro LP individual, SAMBA EU CANTO ASSIM (CBD, selo PHILIPS).
Dorival Caymmi |
Pioneira, em 1966 lançou o selo ARTISTAS, registrando o primeiro disco independente produzido no Brasil, intitulado VIVA O FESTIVAL DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (TV RECORD), a canção O CANTADOR (DORIVAL CAYMMI e NELSON MOTTA), classificando-se para a finalíssima e reconhecida com o prêmio de melhor intérprete.
Nelson Motta |
Em 1968, uma viagem à EUROPA a lança no eixo musical internacional, conquistando grande sucesso, principalmente no OLYMPIA de PARIS, onde se tornou a primeira artista a se apresentar duas vezes num mesmo ano, naquela que é a mais antiga sala de espetáculos musicais de PARIS.
Foi ELIS quem também lançou boa parte dos compositores até então desconhecidos, como MILTON NASCIMENTO, RENATO TEIXEIRA, TIM MAIA, GILBERTO GIL, JOÃO BOSCO e ALDIR BLANC, SUELI COSTA, entre outros. Um dos grandes admiradores, MILTON NASCIMENTO, a elegeu musa inspiradora e a ela dedicou inúmeras composições.
Continua...
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