sábado, 12 de março de 2011

Plantão de Polícia

Mulher é presa por tentar vender a filha em Camaragibe

A Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) está investigando o caso de uma mulher que teria tentado vender a filha recém-nascida para um casal de pernambucanos que mora na Itália. A denúncia foi feita por assistentes sociais da Maternidade Amiga da Família, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), onde a menina nasceu na última segunda-feira e permanece internada por conta de uma icterícia.

A delegada da GPCA à frente do caso, Andréa Veras, disse que a acusada confirmou a denúncia durante depoimento. “A mulher, que atua como diarista, disse que não teria condições financeiras de criar a filha e, por isso, decidiu vendê-la a essas pessoas. Além disso, o casal também prometeu que a levaria para a Europa, onde ela iria trabalhar como doméstica. Nós só não sabemos, até o momento, quanto ela receberia pela menina”, contou.

De acordo com a policial, antes de decidir vender a criança, a diarista teria oferecido a bebê para uma conhecida do bairro. “Estava tudo certo para a entrega logo após o nascimento, mas há cerca de dois meses, quando a mãe conheceu o casal, mudou de ideia”, revelou.

Depois de descobrir que o crime havia sido descoberto, o casal envolvido na transação conseguiu fugir. Até o fechamento desta edição, às 23h30, eles estavam sendo procurados por equipes da GPCA.

Informações repassadas pela acusada apontam que uma das pessoas investigadas é transexual. “E como essa condição não permite que ela tenha filhos, a menina seria criada pela própria família”, explicou Veras.

A mulher foi autuada em flagrante pelo artigo 239 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que caracteriza como crime promover o envio de menores de idade para o exterior mediante vantagem financeira e sem cumprir as formalidades legais.

Depois de autuada em flagrante, a diarista foi encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, Zona Oeste da cidade.

Do Jornal do Commercio

Câmara de Moreno vira alvo de investigação da polícia

A Câmara de Vereadores de Moreno, na Região Metropolitana, se tornou alvo de uma investigação da polícia após denúncias de pagamento a funcionário fantasma. O porteiro de uma escola pública só descobriu que estava na lista de pagamento porque teve um benefício da família cortado pelo INSS.

Adriano André Rodrigues de 35 anos, mora numa casa simples em Bonança, distrito de Moreno. Ele tem só uma filha, Adriele, com problemas cardíacos desde que nasceu. A menina já fez cirurgia no Recife, mas precisa de cuidados constantes.

O laudo médico encaminhou Adriele para perícia no INSS, que deu parecer favorável à concessão de um auxílio para tratamento da doença. Tudo certo e documentado, sendo que o dinheiro não saiu.

O INSS alegou que Adriano não poderia ser incluído no benefício porque possui um vínculo empregatício com a Câmara de Vereadores de Moreno com um salário de R$ 3,5 mil. Desesperado, ele mostra o contracheque do único salário que recebe, como porteiro desta escola municipal, com um valor de R$ 510 reais.

Ele prestou queixa junto à Delegacia de Moreno e também na Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos. "Nunca trabalhei na Câmara. Nunca. De maneira nenhuma. Nem fiz nenhum tipo de serviço. Meu trabalho é na escola Gerson Carneiro da Silva, onde eu sou serviços gerais", explicou o porteiro.

A equipe da Globo Nordeste procurou a Câmara, mas de acordo com os vereadores, nunca houve nem há na folha de funcionários ninguém com o nome de Adriano André Rodrigues. Portanto, não poderia haver nem vínculo nem pagamento de qualquer espécie.

O presidente da Câmara, Pedro Mesquita explicou que são 45 funcionários, com salários entre R$ 750 e R$ 2,5 mil. Ele disse ainda que nem conhece Adriano e que mandou um ofício à gerência do inss pedindo esclarecimento sobre a informação que foi divulgada.

"Quem tem que passar informação e quem transmitiu isso para o INSS é quem a gente tem que descobrir. E não quem recebeu, porque ninguém recebeu esse dinheiro aqui. Porque da folha da Câmara não saiu esse dinheiro", disse Pedro Mesquita.

De acordo com a delegada Cláudia de Freitas, a polícia tem 30 dias para investigar o caso. “O prazo legal é de 30 dias, mas isso, se não for possível podemos solicitar a ampliação do prazo e normalmente nós conseguimos.”

Por meio de uma nota, o INSS informou que está apurando o caso para poder se pronunciar.

Da Redação do pe360graus.com

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