Da Redação do pe360graus.com
Foto: Reprodução / TV Globo
As chuvas fortes dos últimos dias têm feito com que muitos moradores de Barreiros, na Zona da Mata Sul, deixem as casas e procurem abrigos ou casas de parentes em locais seguros. É que, de acordo com o Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe), apenas nos três primeiros dias de maio choveu na cidade 143 milímetros, o que representa 45% de toda a chuva prevista para este mês, que é de 317 milímetros.
A força da água levou embora a estrutura metálica da passarela que liga as margens do rio Una, que corta o município de Barreiros, e uma parte dos andaimes. O nível do rio está acima do normal e ameaça atingir as casas que ficam em regiões mais altas.
A força da água levou embora a estrutura metálica da passarela que liga as margens do rio Una, que corta o município de Barreiros, e uma parte dos andaimes. O nível do rio está acima do normal e ameaça atingir as casas que ficam em regiões mais altas.
No meio da manhã desta terça-feira (3), a chuva deu uma trégua e centenas de famílias de Barreiros aproveitaram para retirar tudo que têm dentro de casa e evitar que a chuva estrague móveis e colchões. Caminhões lotados saíram da região para escapar dos alagamentos.
A dona de casa Selmira Maria dos Santos perdeu tudo na enchente do ano passado e resolveu ir embora com toda a família antes que a casa volte a ser atingida pela água. “Estou com medo da água, pois, na outra vez, a cheia cobriu a minha casa e passava um barco por cima dela. Gastei muito comprando as coisas e ajeitando e, quando é agora, a cheia vem de novo”, conta.
O corre-corre da manhã desta terça provocou congestionamento na saída do bairro da Una, um dos mais atingidos pelos alagamentos em períodos de chuvas fortes. Muitos moradores levaram móveis em carrinhos de mão, carroças e caminhões. “Vou para a casa da vizinha, que é em cima do morro. Na outra enchente que deu, cobriu a minha casa dois metros. Saí para salvar a minha vida e a do meu filho”, diz o montador Gilvan Saraiva.
A Defesa Civil de Barreiros orienta os moradores a não ocupar as margens dos rios que cortam a cidade e espera que as casas que estão sendo construídas pelo Governo do Estado de Pernambuco resolvam o problema da moradia em local de risco. Atualmente em Barreiros, há oito abrigos provisórios para receber as pessoas que tiveram de sair de casa.
À ESPERA DE UMA CASA SEGURA
A dona de casa Selmira Maria dos Santos perdeu tudo na enchente do ano passado e resolveu ir embora com toda a família antes que a casa volte a ser atingida pela água. “Estou com medo da água, pois, na outra vez, a cheia cobriu a minha casa e passava um barco por cima dela. Gastei muito comprando as coisas e ajeitando e, quando é agora, a cheia vem de novo”, conta.
O corre-corre da manhã desta terça provocou congestionamento na saída do bairro da Una, um dos mais atingidos pelos alagamentos em períodos de chuvas fortes. Muitos moradores levaram móveis em carrinhos de mão, carroças e caminhões. “Vou para a casa da vizinha, que é em cima do morro. Na outra enchente que deu, cobriu a minha casa dois metros. Saí para salvar a minha vida e a do meu filho”, diz o montador Gilvan Saraiva.
A Defesa Civil de Barreiros orienta os moradores a não ocupar as margens dos rios que cortam a cidade e espera que as casas que estão sendo construídas pelo Governo do Estado de Pernambuco resolvam o problema da moradia em local de risco. Atualmente em Barreiros, há oito abrigos provisórios para receber as pessoas que tiveram de sair de casa.
À ESPERA DE UMA CASA SEGURA
As casas estão sendo construídas às margens da PE-60. Em Barreiros, são 2.450. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Alexandre Rabelo (foto), a obra não está atrasada porque o prazo estipulado para a conclusão é de 18 meses.
“Passaram dez meses da ocorrência das enchentes do ano passado. O prazo normal de construção desse tipo de habitação é de 18 meses. Nós estamos fazendo todos os esforços possíveis para antecipar isso. A partir do mês de maio, nós iniciaremos a entrega das primeiras 100 casas”, afirma o secretário.
Na última semana, depois de um dia inteiro de chuva, 150 famílias tiveram que abandonar as casas. São pessoas que, depois da enchente do ano passado, que destruiu toda a região, voltaram a viver nas margens do Rio Carimã, que corta a cidade.
Segundo o secretário Alexandre Rabelo, a responsabilidade de evitar que elas morem nessa local é da Defesa Civil do município. “Isso é uma ação de controle municipal. Infelizmente e historicamente, a região da Mata Sul não tem esse controle colocado de forma eficiente. É importante que as prefeituras participem desse esforço, também monitorem e regularmente controlem isso. Da parte do governo, nós estamos fazendo uma ação conjunta da nossa Defesa Civil estadual para orientar as Defesas Civis municipais para que possam cumprir essa tarefa”, afirma.
“Passaram dez meses da ocorrência das enchentes do ano passado. O prazo normal de construção desse tipo de habitação é de 18 meses. Nós estamos fazendo todos os esforços possíveis para antecipar isso. A partir do mês de maio, nós iniciaremos a entrega das primeiras 100 casas”, afirma o secretário.
Na última semana, depois de um dia inteiro de chuva, 150 famílias tiveram que abandonar as casas. São pessoas que, depois da enchente do ano passado, que destruiu toda a região, voltaram a viver nas margens do Rio Carimã, que corta a cidade.
Segundo o secretário Alexandre Rabelo, a responsabilidade de evitar que elas morem nessa local é da Defesa Civil do município. “Isso é uma ação de controle municipal. Infelizmente e historicamente, a região da Mata Sul não tem esse controle colocado de forma eficiente. É importante que as prefeituras participem desse esforço, também monitorem e regularmente controlem isso. Da parte do governo, nós estamos fazendo uma ação conjunta da nossa Defesa Civil estadual para orientar as Defesas Civis municipais para que possam cumprir essa tarefa”, afirma.
A dona de casa Roberta Pereira Sousa não sabe mais o que dizer aos três filhos. Os dois mais velhos se lembram da enchente do ano passado, quando a família perdeu tudo o que tinha. Com o auxílio-moradia de R$ 150, ela alugou uma casa para viver enquanto espera a casa nova prometida pelo Governo do Estado.
Ela tem o comprovante de inscrição, mas o inverno chegou antes da obra ficar pronta. Mais uma vez, precisa conviver com o medo dos alagamentos. “Minha vizinha me acordou e eu saí dentro de casa e coloquei meus filhos na casa da minha vizinha. Peguei a televisão e só”, diz Roberta Pereira.
A professora Maria Cristina se emociona quando vê o que sobrou da casa onde vivia com a família, destruída pela enchente de 2010. O auxílio-moradia não é o suficiente para pagar o aluguel e ela ainda não recebeu a confirmação de que vai ganhar uma casa nova.
“Quem iria ganhar as casas num primeiro momento era as pessoas da Cabana e a gente iria aguardar. Eu estou recebendo um auxílio de R$ 150 e pagando uma casa de R$ 300. As coisas estão andando muito lento”, conta Maria Cristina.
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