Os Correios investirão entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, inicialmente, na criação de sua empresa aérea de transporte de carga, já batizada de CorreiosLog. Já está certo que a estatal vai comprar aviões da Embraer (com prazo de dois anos de entrega) para a subsidiária decolar.
A fabricante fará a manutenção da frota que poderá ser de 15 aeronaves. O objetivo da parceria dos Correios com a Embraer é reduzir custos, incentivar a indústria nacional e gerar empregos. A logística de transporte é um dos problemas mais graves da estatal postal.
Estudos dos Correios indicam que a capacidade de entregar as correspondências (faturas, contas e boletos) dentro do prazo se esgotará em um ano e meio.
Para colocar a CorreiosLog no ar, existem dois caminhos. O mais rápido é comprar 20%, ou mais, de empresas que já operam no ramo. O outro é abrir uma licitação para formar uma parceria público-privada (PPP), o que exigiria o cumprimento de ritos como audiência pública e leilão.
A equipe técnica dos Correios defende a compra de parte de empresas, porque elas já dispõem de terminais de carga, autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aviões e tripulação. O plano não prevê que a estatal detenha o controle dessas companhias, mas participe da gestão, com assento nos conselhos de administração.
Já o Ministério das Comunicações avalia que o melhor caminho seria criar uma PPP. Ainda que mais demorado, esse processo asseguraria investimentos por parte do parceiro privado. Caso os Correios optem por comprar parte de empresas com as quais já têm contrato, por exemplo, precisariam gastar para renovar a frota. Parcerias com concorrentes internacionais, como a Fedex e a DHL, estão vetadas.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, deu prazo de seis meses para que a direção dos Correios defina o modelo e aprove o plano de negócios.
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