Com os estragos provocados pelas chuvas, houve uma disparada de preços nos produtos vendidos nas feiras livres do Recife |
Da Redação do pe360graus.com
Os produtores de hortaliças de Natuba, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, perderam 40% das plantações com a enchente do rio Tapacurá. Com os estragos provocados pelas chuvas, houve uma disparada de preços nos produtos vendidos nas feiras livres do Recife - 80% do que é vendido na capital vem de lá.
O feirante Moacir Coimbra explica que é obrigado a elevar os preços para não ter prejuízo. “A mercadoria é cara e não é de primeira. Eu separo o que não dá para aproveitar e jogo fora o que não presta. As mercadorias que são boas, eu tenho que vender um pouco mais caro para compensar o que foi desperdiçado”, falou.
O quilo do cajá, que antes custava R$ 3, agora não sai por menos de R$ 4; o quilo da batata inglesa subiu de R$ 2 para R$ 3,5. O preço das hortaliças teve a maior alta: o molhe de cebolinha com coentro, que custava R$ 1, está sendo vendido agora por R$ 4, um aumento de 300%. A alface dobrou de preço, passando de R$ 1 para R$ 2 o preço do pé.
Apesar de o nível do rio Tapacurá ter subido menos que no ano passado, o prejuízo foi maior, porque as hortaliças estavam em ponto de colheita e a água demorou para escoar, o que fez com que muitas áreas de produção ficassem alagadas por dois dias.
Nas terras da agricultora Djanice Maria de Andrade, agora sobram canteiros vazios, porque ela perdeu 90% da plantação. A lavradora ainda aguardava a ajuda prometida depois da enchente do ano passado; em menos de um ano, viu tudo o que tinha ir por água abaixo, de novo. “Estava tudo enxutinho, pronto para colher. Agora é esperar”, lamentou a agricultora.
O secretário de Agricultura de Vitória de Santo Antão, Roberto Bezerra, disse que a prefeitura irá apoiar os agricultores. “A gente vai dar uma força a eles, mas só depois que for feito do levantamento”, afirmou.
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