Raphael Coutinho
Folha de Pernambuco
As chuvas já provocaram estragos em alguns municípios, levando vários a decretar estado de calamidade pública. Mas não só a infraestrutura dessas cidades estão sendo afetadas. No Recife, o Hemope também passa por dificuldades, descrito pela direção do órgão como de “calamidade”. Durante o período chuvoso, os doadores naturalmente se afastam e o nível do estoque de sangue cai. Em dias normais, o local recebe cerca de 350 doadoras, mas com as chuvas, reduziu para cerca de 150 pessoas.
Com o baixo nível do estoque, o Hemope só conta com sangue para cirurgias de emergência e, mesmo assim, em pequenas proporções. Para virar este jogo, o órgão está convocando a população para reforçar o banco de sangue. “Semana passada nós iniciamos uma chamada de pessoas já cadastradas aqui e que já realizaram doações outras vezes. Com isso, a média de pessoas já subiu nos últimos dias, mas precisamos de mais colaboradores”, contou a supervisora de Captação de Doadores do local, Josinete Gomes. “Sangue não é um produto que se fabrica, então precisamos é da ajuda da população”, completou.
Foi o caso de Williams Wilson Rodrigues, 32 anos, que foi ontem ao local fazer a doação. Ele, que sabe muito bem a importância de ajudar, tem um dos tipos sanguíneos mais raros, o AB positivo. “Ano passado minha esposa teve uma hemorragia e precisou de doação. Ela recebeu três bolsas. Nós já éramos doadores, mas depois deste problema de saúde, passamos a vir aqui com muita frequência”, disse.
Para ser doador, a pessoa precisa ter idade entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, ter se alimentado bem, não ter ingerido bebida alcoólica e gozar de boa saúde. Homens podem fazer a doação a cada três meses e mulheres a cada quatro. Mulheres grávidas ou amamentando, pessoas que utilizem medicação controlada ou em tratamento médico não devem doar.
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