As primeiras das 75 mil bolsas de estudo no exterior que a presidenta Dilma Rousseff pretende oferecer a alunos brasileiros até 2014 serão distribuídas no primeiro semestre de 2012. O projeto final será apresentado na próxima semana à presidenta pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. O esboço do programa que se chamará Ciência sem Fronteira foi apresentado hoje a reitores de instituições federais de ensino superior.
Do total de bolsas, 45 mil serão ofertadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do Ministério da Educação (MEC). O restante, 30 mil, será de responsabilidade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o MEC, a estimativa de investimento ao longo dos quatro anos será de US$ 936 milhões. Em 2010 foram distribuídas 5,3 mil bolsas de estudos no exterior pelo governo. A meta do programa é aumentar esse patamar em 15 vezes.
Será dada prioridade à formação de alunos em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país como as engenharias e tecnologia. As bolsas serão para estudantes de pós-doutorado, doutorado, mestrado, graduação e cursos técnicos em nível médio.
Segundo o plano apresentado pela Capes, 65% das vagas oferecidas pela autarquia serão para graduação e doutorado “sanduíche”, modalidade em que o aluno faz parte do curso no Brasil e parte em instituições estrangeiras. A previsão da Capes é oferecer 8 mil bolsas em 2011, 13 mil em 2012, 17 mil em 2013 e 21 mil em 2014.
Os ministérios buscarão firmar parcerias com novas instituições de ensino estrangeiras interessadas em receber alunos estrangeiros. Um dos países onde as negociações já foram iniciadas é os Estados Unidos. Segundo o MEC, das 97 instituições contactadas, 95% demonstraram interesse na parceria.
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