sexta-feira, 1 de julho de 2011

HÁ 82 ANOS FALECIA O CONSELHEIRO ROSA E SILVA

Francisco de Assis Rosa e Silva
Introdução-Parte 1
Nota: O referido CONSELHEIRO que dirigiu os destinos do nosso estado nos anos de 1896 até 1911, em muito influenciou a política do nosso município, onde ocorreram enormes batalhas eleitorais. No final desta série vocês amigos leitores, terão os links sobre o ROSISMO EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.
Francisco de Assis Rosa e Silva nasceu no Recife, a 4 de outubro de 1857. Era filho de D. Joana Francisca da Rosa, também natural de Pernambuco, e de Albino José da Silva, comerciante português perfeitamente integrado na sociedade pernambucana. Francisco de Assis Rosa e Silva pertenceu a um grupo de políticos brasileiros que, atuando numa época de transição - o fim do Império e o começo da República - souberam colocar o interesse nacional acima do apêgo a qualquer regime de governo. Graças à sabedoria política e ao patriotismo desse grupo, pode o Brasil fazer as mudanças sem as convulsões violentas experimentadas por outras nações.
Escolaridade
Faculdade de Direito do Recife-PE
Em 1873, tendo, apenas, 16 anos incompletos, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, onde fez um curso brilhante e começou a demonstrar sua capacidade de liderança. Foi, com efeito, um dos fundadores dos jornais universitários Congresso Literário e Luta. Juntamente com seu irmão José Marcelino, concluiu o curso de Direito em 1877. Dois anos depois, obteve, na mesma Faculdade, o grau de Doutor, com a dissertação Onde Reside a Soberania Nacional e de outras teses jurídicas, aprovadas por toda a comissão examinadora. Não deixa de de ser interessante salientar que dessa comissão faziam parte, entre outros, os grandes juristas Paula Batista e José Hygino.
Em maio de 1879, houve na Faculdade de Direito do Recife um concurso para lente substituto de Direito Comercial, no qual se inscreveu Rosa e Silva, com a tese A Falta de Registro do Contrato Social Torna o Sócio Comanditário Responsável Solidariamente? Apesar de classificado, não logrou obter o 1º lugar, alcançado por José Joaquim Seabra. Seguiu, então, para a Europa, fixando-se em Paris, onde fez estudos de economia e finanças. Na capital francesa, demorou-se por quase dois anos. Tempo suficiente para adquirir a elegância que lhe seria peculiar. Esta elegância era uma expressão da dignidade de um homem público em que todos reconheciam, como salientou Antônio Azeredo, a "lealdade inatacável", a "firmeza de convicções" e a "energia de vontade".
A POLITICA
Senador e Conselheiro João Alfredo Correia  de Oliveira
Regressando ao Brasil, em abril de 1881, filiou-se ao Partido Conservador, chefiado pelo Senador João Alfredo Correia de Oliveira, amigo de seu pai e diretor da Faculdade de Direito do Recife durante parte do seu período acadêmico. Data dessa época a sua colaboração no jornal "Tempo", órgão de divulgação do Partido. "O Partido Liberal estava no poder e Rosa e Silva", como assinala Anibal Freire, "deu mostras de seu caráter altaneiro, iniciando a vida política na oposição".
Eleito deputado provincial para o biênio 1882-1883, como representante do 10º distrito, teve Rosa e Silva o seu mandato renovado nos pleitos seguintes. Candidato a Deputado Federal, em 1884, por indicação do Partido Conservador, perde para o liberal Ulysses Viana. Mas em 1885, na vigência da Lei Saraiva, consegue eleger-se pelo mesmo distrito para o período 1886-1889. Destaca-se, então, nos debates sobre assuntos econômicos e financeiros, pelos quais desde jovem manifestara inclinação. Foi também um representante atento aos problemas de sua província, que a ele deve a construção de várias estradas de ferro, bem como melhoramentos no porto. As Associações Comercial e Agrícola distinguíram-no com o título de sócio honorário, tantos foram os serviços prestados a essas laboriosas classes de trabalhadores pelo deputado pernambucano.
Francisco Belisário Soares de Sousa-1
Conservador, não era Rosa e Silva um político cego aos erros do seu Partido, então no poder. Tanto que divergiu mais de uma vez do então secretário e ministro dos Negócios da Fazenda Deputado Francisco Belisário Soares de Sousa. Sua brilhante atuação parlamentar levou o governo a convidá-lo, em 4 de janeiro de 1889, para substituir o Deputado Antônio Ferreira Viana na Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça, durante a reorganização do ministério abolicionista. Este, entretanto, estava com seu dias contados, cainda em junho de 1889, sem que Rosa e Silva pudesse fazer "o que o seu talento e os seus estudos determinavam", como observou Gonçalves Ferreira. Assim encerrou ele o primeiro ciclo de sua vida pública, acompanhando na adversidade aquele mesmo  conterrâneo e amigo sob cujo comando ingressara na política: o Senador e Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira.
CONTINUA...
FONTE: www2.camara.gov.br
FOTO 1 do ministério da fazenda
POSTADO POR JOHNNY RETAMERO

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