domingo, 3 de julho de 2011

HÁ 82 ANOS FALECIA O CONSELHEIRO ROSA E SILVA


PRESIDENTE DO BRASIL-PARTE 3
Campos Salles
Júlio Roca













Leal tanto para os amigos e correlegionários quanto para os adversários, como uma vez mais provaria ao assumir, de 19 de outubro a 11 de novembro de 1900, a Presidência da República, substituindo Campos Salles que fora retribuir a visita do presidente Júlio Roca, da Argentina. Os inimigos de Campos Salles quiseram aproveitar a ocasião, mas, como salienta Barbosa Lima Sobrinho, "o interesse dos amigos ou dos correligionários  nunca seria bastante, para que Rosa e Silva esquecesse ou desprezasse os deveres de homem público, diante de seus pares ou da coletividade". "Não era um faccioso" - continua Barbosa Lima Sobrinho - "mas um homem público, na mais alta e mais digna significação do termo". Regressando ao Brasil e reassumindo a Presidência, Campos Salles soube reconhecer a nobreza com que Rosa e Silva se conduziu na sua ausência.
SENADOR
Eleito senador, para o período 1902-1911, Rosa e Silva voltou a destacar-se nos debates parlamentares, não como um retórico vulgar, mas, como orador incisivo na crítica, embora sóbrio. "Seus discursos" - recorda Barbosa Lima Sobrinho - "sempre foram oportunos, convenientes, sóbrios e precisos. Não exagerava nem os adjetivos, nem na descrição dos fatos.
Barbosa Lima Sobrinho
LEI ROSA E SILVA
Era exato na informação e na crítica". O ponto mais alto de sua atuação como Senador foi o substitutivo que apresentou, em 16 de junho de 1904, ao projeto de reforma eleitoral, pelo qual lutou ardorosamente até novembro, quando foi promulgada a Lei nº 1.269, de 15 de novembro do mesmo ano, que ficou conhecida como "Lei Rosa e Silva". Todos os comentaristas dos nossos sistemas eleitorais são unânimes no elogio a essa Lei, graças à qual, no dizer de Pedro Moacir, citado por Afonso Arinos de Melo Franco, "depois de 16 anos de República ouvia-se no velho recinto (da Câmara dos Deputados), pela primeira vez, a voz de deputados eleitos pela oposição". A "verdade eleitoral" sempre fora uma preocupação de Rosa e Silva, que já em 1893 afirmara: "Sou daqueles que preferem ser derrotados em uma eleição livre a vir para esta Câmara por meio de eleições fictícias".
Afonso Pena
Quando se discutia, em 1909, o problema da sucessão do presidente Afonso Pena, foi Rosa e Silva incumbido pelo próprio Pinheiro Machado de decidir entre os nomes de Rui Barbosa e Hermes da Fonseca, preferindo, contra a espectativa geral, a candidatura militar. "Com o Rui", teria dito então, "nem para o céu". O marechal diria, por sua vez: "Tenho o Rosa, tenho o Norte". E tendo, de fato, como assinala José Maria Belo, "a máquina dos governos estaduais, principalmente de Minas e do Norte", elegeu-se Hermes da Fonseca presidente da República para o período de 1910 a 1914. Vendo sua candidatura vitoriosa, Rosa e Silva nada reivindicou para si, recusando o ministério da Fazenda que lhe fora oferecida.
Rui Barbosa
CONTINUA...


OBS: AMANHÃ NA QUARTA E ÚLTIMA PARTE DESTA BIOGRAFIA, OS NOSSOS LEITORES TERÃO ACESSO AOS LINKS SOBRE O PERÍODO ROSISTA EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO. AGUARDEM!
Reveja a primeira e a segunda parte   Aqui  e  Aqui
FONTE: www2.camara.gov.br
POSTADO POR JOHNNY RETAMERO

Nenhum comentário: