domingo, 30 de outubro de 2011

No país do Xing Ling: um Big Mac e um iPhone, por favor!

Tenho menos de 1,60 m, preciso perder dois quilos e tenho cabelo escuro. Conclusão: quando entro nos lugares quase nunca chamo atenção. Tudo bem, sem problemas. Outro dia, em uma das áreas de maior concentração de turistas em Pequim, nas proximidades do Silk Street, aconteceu algo engraçado. O chamado Silk Street (mercado da seda) é um edifício cheio de lojas com uma pequena amostra de quase toda produção da China. Tem tanto turista que qualquer acidente ali movimentaria boa parte das embaixadas instaladas em Pequim. Resolvo comer na McDonald’s mais próxima e ganhar tempo para percorrer as lojinhas.

Ao me dirigir ao lavabo, um rapaz se aproxima e, num inglês pra lá de complicado, diz algo como “from”. Pensei: ele quer saber de onde sou?. Puxar conversa, assim tão rápido. Tentando demonstrar que não queria bater papo, digo apenas ‘Brasil’ e dou a entender que vou sair do local. Ele repete e, deste vez, minha cabeça vai adiante. “Phone?”. Meus Deus, agora ele quer meu telefone!!!!!. Que povo atirado! E eu uso aliança! O chinês com cara de sério, ao perceber que eu não entendia o que ele, com ar de segredo, me dizia, resolveu ser mais objetivo e me mostrar algo escondido na jaqueta. E foi aí a minha surpresa. Ávido por ender e sabendo da quantidade de estrangeiro que circula pelo local em busca de produtos xing ling, o rapaz, na verdade, se aproveitava do fluxo de turistas na lanchonete. Naquele momento, ele não queria meu telefone ou saber de onde eu era. No máximo, estava interessado em saber quanto eu pagaria por um IPHONE!!!!

Do NE10

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