FEIRA LIVRE – PRAÇAS DA BANDEIRA E 13 DE MAIO
É um absurdo o que contemplamos no centro da cidade.
A feira livre nas Praças da Bandeira e 13 de Maio se configuram como uma verdadeira favela.
Pessoalmente vislumbro soluções para o futuro e com isso resolver o problema.
COMO RESOLVER A SITUAÇÃO DA FEIRA LIVRE NAS PRAÇAS 13 DE MAIO E DA BANDEIRA ?
No espaço que compreende as Praças poderia ser instalado um edificado, um grandioso SHOPPING CENTER POPULAR, construído com 2 pavimentos superiores e no térreo ficaria para o estacionamento de veículos.
Além de acomodar os inúmeros comerciantes, teríamos um novo paisagismo e evitaria o pior possível um incêndio.
RESTAURAÇÃO E PRESERVAÇÃO DAS PRAÇAS PÚBLICAS
Falar nas Praças da Vitória é um assunto que precisa ser destacado. É comum a existência de Monumento e que poucos vitorienses conhecem.
Vitória de Santo Antão é a cidade Pernambucana que possui mais Monumentos históricos em Praças.
PAISAGISMO E ARBORIZAÇÃO DAS PRAÇAS
Lamento registrar a perversa agressão ao meio ambiente e ao paisagismo. Exemplo maior é a Praça Duque de Caxias.
PRAÇA DUQUE DE CAXIAS
Infelizmente o prefeito anterior desumanamente derrubou árvores nativas e transformou o local em estacionamento.
Vitória possui belíssimas Praças Públicas, faltando-lhes a preservação e manutenção do visual turístico e acolhedor.
COMBATE AO VANDALISMO
Quanto à preservação das praças em repudio ao vandalismo, precisamos buscar no passado algumas experiências.
Por exemplo: “Quando menino eu lembro que havia a presença permanente de servidores municipais, atuando como fiscais da praça, com a missão de preservar os brinquedos infantis.
PRAÇA DOM LUÍS DE BRITO (MATRIZ)
Quando contemplamos algumas reformas no atual governo, passamos a nos preocupar.
Existem por parte da prefeitura alguns estudos que apontam para a ocupação da praça com exercícios físicos para idosos, e assim com todas as praças reformadas, com isso inibindo os vândalos.
TEXTO DE JOHNNY RETAMERO COM BASE NA NARRAÇÃO DO ENTREVISTADO
FOTO DE ORLANDO LEITE
6 comentários:
alem de tudo é pobre em ideias: um prédio? no centro já tão combalido sem áreas de lazer?
que limitação ridícula.
Malícia Política e Aborto
Cicero Harada
Político malandro é esperto. Seu olhar fisiológico não se desprega do próprio umbigo. Concorda sempre com o possível eleitor. Surfa nas ondas da contradição e leva o voto de pessoas de concepções mais díspares. Simpático, fala coisas bonitas, ri, chora, esbraveja, protesta, sempre segundo as circunstâncias. Afirma ou nega convictamente algo que lhe dê pontos. Humilde, reconhece ignorância diante de polêmica que lhe possa subtrair votos. Nega, olimpicamente, se for surpreendido em ações comprometedoras. Carrega uma aura de alva e comovente pureza. Diante dele, até a testemunha ocular da falcatrua chega a duvidar de seus sentidos. Se tudo está perdido, com ares de comovida indignação, esbraveja: “as coisas sempre foram assim desde que o mundo é mundo! Mas agora, nunca como antes, é por uma causa sublime!”
Digo isso, porque a Câmara dos Deputados fulminou o Projeto nº 1.135/91, que pretende a legalização do aborto no Brasil. Primeiramente, na Comissão de Seguridade Social e Família por unanimidade (33X0). Depois, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania por expressiva maioria (57X4). Nesta, o parecer aprovado, por força do Regimento da Casa, é terminativo, isto é, põe fim ao processo legislativo, salvo se houver recurso. Ocorre que o deputado José Genoíno (PT-SP) interpôs o recurso nº 201/2008 contra o parecer da Comissão de Constituição e Justiça. O apelo foi subscrito por ele e mais sessenta e dois deputados federais.
Três deputados, Carlos Santana (PT–RJ), Carlos Abicalil (PT–MT) e Vicentinho (PT–SP) apresentaram requerimento de retirada da assinatura do requerimento. Os pedidos foram indeferidos nos termos do artigo 102, §4º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, porque, uma vez publicado o recurso, não cabe a retirada da assinatura. Antes mesmo dos indeferimentos o assessor parlamentar Jaime Ferreira Lopes já o havia previsto. O fato pode ser comprovado aqui:
http://www2.camara.gov.br/proposicoes/chamadaExterna.html?link=http://www.camara.gov.br/sileg/prop_detalhe.asp?id=16299
Além dos deputados que desaparecem na hora do voto, eis aí outro álibi. Os eleitores a favor da vida são informados pela assessoria de que houve desistência e pedido de retirada da assinatura. A petição protocolada pode até ser apresentada ao embasbacado eleitor, mas o pedido de desistência não tem efeito jurídico algum. É um zero à esquerda.
Outros juram por tudo aos defensores da vida, que são contra o aborto, o assassínio de crianças não nascidas, que nunca votaram nada a favor da medida, até porque não fizeram parte de nenhuma daquelas comissões. Apenas subscreveram o recurso, a fim de que a matéria pudesse ser debatida em plenário. Notem bem: recurso é meio processual para os inconformados se socorrerem de instância superior, para combater e reformar uma decisão.
Será que alguém assinaria recurso para discutir a possibilidade de legalização do seu próprio assassínio? São tentativas de ficarem em cima do muro ou pura ingenuidade? Ignoram eles recente pesquisa do Datafolha de que só 3% das pessoas acham o aborto moralmente aceitável? Um dia, questionado por jovens, Ulysses Guimarães disse-nos que alguns parlamentares podem não ter formação superior ou acadêmica, mas lá na Câmara dos Deputados não há ingênuos, lá não há bobinhos. Todos têm muita experiência, já foram presidentes de empresas, de grandes entidades, foram governadores, ministros, prefeitos, secretários de Estado, senadores, deputados estaduais, vereadores. Se ainda assim concluirmos que o deputado não tem malícia, merecerá ele o nosso voto?
Matias Aires dizia que malícia é aquela inteligência ou ato que prevê o mal ou o medita, espécie de arte natural, que se compõe de combinações e conseqüências, sendo, por isso, virtude política. Fazia uma distinção importante: “tem malícia quem descobre o mal para o evitar, é malicioso quem o antevê para o exercer”. Também nós precisamos ter muita malícia e discernimento para não cair nas manobras dos maliciosos.
Cicero Harada
Advogado, Conselheiro da OAB-SP,
Presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP,
foi Procurador do Estado de São Paulo.
[ http://www.catolicanet.com/?system=news&action=read&id=50289&eid=301]
As análises políticas contemporâneas costumam apresentar a democracia e a tirania (como se tornou costume dizer), como pólos opostos dentro da plêiade de sistemas de governo de países modernos.
A democracia, geralmente pintada com cores vistosas e atraentes, assegura, segundo dizem, o maior grau de liberdade possível a seus cidadãos. Liberdade política, de organização e de trabalho são aspectos freqüentemente lembrados da vida democrática. Menos vezes se caracteriza a democracia pela quase ausência de freios morais que nela impera. De fato, o governo democrático é impotente para operar qualquer melhoramento moral de sua sociedade, por ser sustentado por princípios relativistas, e também por recear constantemente desagradar a turba sempre ávida de novas liberdades.
A ditadura, pelo contrário, costuma-se pintar com cores sombrias (negras, quando se trata de ditadura de "direita"). A ausência de partidos políticos - de oposição, é claro, - a obrigação de trabalhar sob controle rígido, o Estado policialesco e, muitas vezes, as restrições à própria liberdade de movimentação são labéus que maculam os regimes ditatoriais. Esses, porém, não se intimidam em impor padrões de comportamento a seus súditos, denominando-os, porém, de atitudes "cívicas".
Essa oposição entre democracia e ditadura (seria mais exato dizer tirania, mas evitamos essa palavra para não sermos mal interpretados), à primeira vista tão ampla e envolvendo aspectos tão diversos, não é senão aparente. Caso contrário não se explicariam as freqüentes e abruptas transições da democracia à ditadura, nem o fascínio crescente que a tirania marxista exerce sobre as democracias.
Ao invés de considerar a tirania como a antípoda da democracia, devemos na verdade estimá-la como a prole legítima desse último regime. Com efeito, é justamente o bem que a democracia mais preza, a liberdade, que, buscada excessivamente, acarreta sua dissolução.
Essa afirmação, não obstante pareça insólita, é justamente a tese defendida por Platão no seu célebre diálogo "A República". A verdade dos princípios nele propugnados é de tal forma universal que consideramos legítimo transpor suas mesmas conclusões para a nossa sociedade.
Platão afirma que o Estado (ele usa a palavra cidade ) democrático, embriagado pela sua ânsia de liberdade, passa a erigir governantes sempre mais frouxos, que não tenham coragem ou princípios para conter o relaxamento crescente. Os governantes que hesitam em atender essas tendências são rotulados de inimigos do povo.
Não se aplica essa descrição a nossa sociedade? Será por coincidência que nossos governantes são sempre mais hesitantes? Não explica ela o número crescente de vozes que se levantam contra a censura, mesmo a que protege as bases do Estado?
Platão afirma que na democracia o mesmo espírito anárquico penetra os domicílios privados: "o pai se acostuma a igualar-se com os filhos e a temê-los, e os filhos a igualar-se com os pais e não lhes ter respeito nem temor algum... Jovens e velhos, todos se equiparam; os rapazes rivalizam com seus maiores em palavras e ações; e estes condescendem com eles, mostrando-se cheios de bom humor e jocosidade, para imitá-los e não parecerem casmurros e autoritários".
É difícil encontrar descrição do mundo atual mais exata do que essa redigida a mais de dois mil anos. Mas Platão não se detém, ele fala ainda da igualdade dos sexos, da confusão entre cidadãos e estrangeiros, e termina com uma frase antológica: "as cadelas valem tanto quanto as suas donas, e os cavalos e os asnos andam às soltas, como importantes personagens, empurrando pelos caminhos a quem não lhes cede o passo; e por toda a parte se vê a mesma pletora de liberdade". Embora Platão tenha escrito em sentido simbólico, não podemos deixar de pensar nos inúmeros institutos de beleza canina espalhados pelas cidades contemporâneas.
A conseqüência desse estado de coisas é que os cidadãos não aceitam a menor imposição da autoridade e terminam por votar a sua completa abolição. Qualquer semelhança com a atual realidade não é mera coincidência.
Dessa forma o excesso de liberdade conduz à abolição da lei, daí resultando necessariamente a tirania. Pois o povo, excitado pela febre de liberdade e acostumado a encontrar fraqueza em seus governantes, exige que eles despojem os riscos e distribuam-lhes os bens. Não lembra isso nossa tão mafaldada Reforma Agrária, propugnada como uma exigência da "dignidade humana"? O próprio Platão reconhece que o governo procura atender a esses reclamos do povo - "depois de reservar para si a parte do leão" - mas também não pode descontentar totalmente os riscos, de cujo sustento depende.
É nessa altura que surge a figura do "protetor do povo". Um líder suficientemente inescrupuloso para conduzir a massa, fazendo-se passar por seu benfeitor. Platão assim o descreve: "... nos primeiros tempos ele anda cheio de sorrisos, saudando a todos que encontra e negando que seja um tirano; promete muitas coisas em público e em privado, perdoa dívidas, distribui terras entre o povo e os de sua comitiva". Nossos partidos de esquerda são povoados de protetores em potencial, sempre prontos a distribuir favores (e propaganda) com o bem alheio.
Todavia, o tirano está sempre pronto a ver inimigos tanto internos quanto externos, que não permitem ao povo dispensar seu condutor, seu " führer ". São esses inimigos que permitem-lhe cobrar impostos onerosos. Dessa forma também garante que qualquer descontentamento interno pode ser apontado como uma traição ao Estado. Se alguém ao ouvir essa descrição lembrou-se da Nicarágua, pense também em Cuba, na Polônia, etc.
Dessa forma o tirano se vê obcecado em perseguir seus inimigos e "segue por esse caminho até não deixar com vida uma só pessoa de valor, quer entre amigos, quer entre inimigos".
Como se vê, em nada nos força a comparação. A descrição feita por Platão se coaduna perfeitamente com os fatos que hoje assistimos. Se a tirania, representada no mundo moderno pelo comunismo, ainda não se implantou em toda a parte, ela se aproxima a largos passos. Em alguns países a decomposição avançada das instituições permite prevê-la para amanhã. Em outros a sede de liberdades acabará por trazê-la mais tarde.
Mas se isso é verdade, democracia e tirania não devem ser descritas como pólos opostos, mas como etapas de uma única doença, de uma única decomposição. Essa doença é de natureza moral, pois consiste na busca desordenada e exclusiva de um bem - a liberdade - em detrimento de outros bens.
Muito mais do que a propaganda soviética, a grande mola do comunismo é a ausência de valores morais das democracias e, por causa disso, a tirania só poderá ser evitada com uma reforma de natureza moral, que deve partir de dentro para fora, isto é, do coração do homem, para as instituições e para toda a sociedade.
É nas profundezas de cada coração e no recôndito das consciências que nasce a verdadeira restauração da ordem política.
"Quando numa cidade são honrados a riqueza e os ricos, a virtude e os virtuosos tornam-se alvo de desdém".
Para citar este texto:
Gustavo de Araújo - "Liberdade, Tirania"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=politica&artigo=liberdade&lang=bra
Online, 27/12/2011 às 12:00h
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